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É necessário avançar

Luta contra corrupção é intensificada

A sociedade brasileira vem travando, não sem espanto e indignação, uma luta contra a corrupção, envolvendo empresas, executivos, políticos e partidos.

Este importante momento que vivemos tem relação com o aprimoramento contínuo do sistema de integridade do Brasil, que compreende a elaboração de leis e o fortalecimento de instituições. A Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Lei da Transparência, a Lei de Acesso à Informação e a Lei Anticorrupção Empresarial, juntamente com a autonomia e independência de instituições como a Polícia Federal, Justiça Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), entre outras, criam um novo ambiente institucional no país.

Em consequência disso, diversas empresas vêm sendo responsabilizadas por atos de corrupção e seus principais executivos estão presos há meses, em fato inédito no país, que dá início a uma importante mudança: da percepção do combate à impunidade.

Entretanto, para que o ciclo se feche, é fundamental que os políticos e partidos envolvidos sejam prontamente responsabilizados da mesma maneira que as empresas e os executivos. Caso contrário, há riscos de retrocesso nesse avanço e a perda de uma rara oportunidade de começar um novo momento de prevenção e combate à corrupção e criar novas bases na relação público-privada.

Alguns dos atuais líderes políticos estão sendo amplamente questionados pela sociedade, com provas contundentes de falta de decoro e integridade em suas condutas. Além do nefasto impacto na busca por uma cultura de integridade em nossa sociedade, há também o efeito pernicioso que a permanência desses governantes no poder provoca no avanço de uma agenda de reformas importantes para a retomada do crescimento no Brasil. Nossa democracia é consistente e nossas instituições são sólidas e devem atuar com celeridade e rigor no julgamento dos casos em questão.

São os cidadãos, a sociedade em geral e as empresas os que mais sofrem com a paralisação de diálogos e negociações que poderiam permitir a construção de um novo e necessário momento para o país, de modo a superar a crise que vivemos.

30 de novembro de 2015
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

Foto: Unsplash

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