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Grupo de Trabalho de Integridade troca experiências sobre análise de risco e monitoramento

Reunião virtual aconteceu no dia 04/06

11/06/2019

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O GT de Integridade do Ethos falou sobre as boas práticas do Pró-Ética 2017 através de cases do eixo de análise de risco e monitoramento, além disso, a reunião contou com pautas de Governo Aberto e Integridade, uma atualização do acompanhamento de políticas públicas e alguns informes sobre o calendário das próximas reuniões e eventos.

Roberta Paoloni da 3M falou sobre a atuação da empresa no contexto do mercado atual e apontou que pesquisas internas são utilizadas como instrumento de prevenção de riscos e essa foi a prática destacada pelo Pró-Ética.

Segundo Roberta, a pesquisa é um instrumento que possibilita monitorar a efetividade do programa de integridade, bem como medir a cultura da organização do ponto de vista da ética e do compliance. Além de mostrar essa efetividade, as pesquisas possibilitam receber feedbacks que podem ser utilizados para melhorias no programa.

“Quando uma pesquisa é bem realizada, ela permite uma abertura da organização para escutar os funcionários em diferentes níveis sobre as percepções da empresa, melhorando a confiança”, conta ela. Até o momento, foram realizadas 3 pesquisas na 3M e Roberta revela que, a cada ano, o processo demonstra evolução, sempre contando com o importante engajamento da alta liderança.

Para contribuir com a discussão, Roberta apresentou ainda cinco dicas práticas para os interessados em replicar a iniciativa de forma efetiva:

 1) Definir a audiência, usando dados demográficos para obter melhores resultados, o que permite identificar riscos com mais precisão e visualizar questões de áreas especificas;

2) Receber feedbacks, deixando campos abertos na pesquisa para receber opiniões e comentários, porém esclarecendo que a pesquisa não pode ser utilizada para denúncias;

3) Manter a pesquisa aberta por, pelo menos, um mês e fazer follow up;

4) Evitar excessos, realizando a pesquisa uma vez por ano, conseguindo realizar comparações anuais;

5) Comunicar os resultados e planos de ação, assegurando a confidencialidade e a independência da análise.

Sobre a pesquisa em si, Roberta trouxe os principais pilares que norteiam as perguntas, como: discutir sobre ética e conformidade; priorizar a comunicação de modo que seja possível abranger quais as dificuldades do entendimento das políticas para automatizar processos e democratizar informações; como conduzir denúncias e investigações, buscando entender quais os processos são realizados para relatar preocupações sobre questões éticas ou suspeitas de má conduta.

Em seguida, Adriano Chacon da ICTS Protiviti relatou sua experiência explicando que, pelo fato da empresa ser uma consultoria, seus riscos estão concentrados em questões ligadas ao seu relacionamento com os clientes: “Quando há responsabilidade objetiva quanto a um parceiro de negócios que atua em nome do outro, conhecer os riscos é a melhor maneira de mitigá-los e a ICTS realiza essas ações de prevenção.” Ele explicou que mitigar riscos é um tema importante e exige avaliação e monitoramento constantes, processos que fazem parte do Programa de Ética e Compliance (PEC) na ICTS. O programa contempla instrumentos de pesquisa, análise completa da empresa e monitoramento.

Para o monitoramento, a ICTS dispõe de ferramentas específicas, como a Client Risk Assessment, que avalia o cliente em potencial e que busca conhecer os riscos financeiros e reputacionais que a empresa pode ter ao se associar a uma marca; já a Engagement Risk Assessment analisa os riscos envolvidos na execução de um projeto e auxilia no apoio de decisões como assumir determinado grau de risco, tanto para o cliente quanto para ICTS, ao aceitar participar e contribuir em um projeto; enquanto a Due Diligence avalia empresas que vão se associar a ICTS na condição de terceiros, parceiros ou fornecedores, medindo o risco que uma parceria de negócios pode trazer. Ao finalizar, Adriano explicou que essas ferramentas não mitigam apenas riscos pontuais, mas garantem uma ação preventiva e periódica. Assim, o compliance da ICTS se torna mais efetivo e atuando na sustentabilidade ética, garantindo a sobrevivência e a boa reputação da empresa.

Dando continuidade ao encontro, Paula Oda, coordenadora de Projetos de Integridade do Instituto Ethos, relatou sua experiência no Open Government Partnership – Global Summit 2019 que aconteceu entres os dias 27 e 31/05 no Canadá. Paula ressaltou que muitas pautas debatidas no evento, já estão presentes em nossos espaços de discussão. Ela esclareceu que a Parceria para Governo Aberto (OGP) é uma iniciativa internacional de múltiplos atores, cujo objetivo é discutir, difundir e incentivar, globalmente, praticas governamentais relacionadas a transparência dos governos e acesso à informação pública.

Sobre o Open Government Partnership – Global Summit 2019 

O evento contou com a participação dos 79 países e 20 governos subnacionais membros da parceria. Além disso, foi construída uma delegação brasileira formada por representantes do Instituto Ethos, da Transparência Internacional, do Instituto de Governo Aberto, do Instituto Cidade Democrática, do Pacto Global, da Ouvidoria da Câmara dos deputados e do Labhacker, além de representantes da CGU. Paula contou que dentre os temas discutidos apareceram: transparência e combate à corrupção nas indústrias extrativas, governo aberto na América latina, o futuro da agenda de governo aberto no Brasil e combate à corrupção e integridade no Canadá.

O evento abordou também a questão sobre o “Beneficiário Final” (necessidade de regulamentar a transparência), além de discussões sobre transparência e proteção de dados. “O Canadá tem liderado essa agenda de discussões e, especialmente, sobre compras públicas e transparência na indústria extrativista com o foco em mineração”, explicou a  coordenadora do Ethos.

Na reflexão final, Paula ressaltou que o momento agora é de tentar incluir, cada vez mais, o setor empresarial nessa agenda e enfatizou que essa experiência (no OGP) e o contato com outras realidades é importante para desencadear novas discussões e dar continuidade em temas que já temos acompanhado.

A próxima reunião do GT de Integridade será presencial e acontecerá no dia 16/07.

Foto: Pexels

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