Como sociedade, qual a posição que devemos assumir diante das crises atuais? Se estamos vivendo um problema sistêmico, com práticas que acompanham o Brasil por toda a sua história e atravancam seu crescimento econômico, como podemos contribuir para caminharmos nessa agenda? Qual é o aprendizado que podemos tirar disso? E quais os desafios que temos pela frente? Provavelmente, essas perguntas vêm ocupando a cabeça de muitos de nós nos últimos tempos, diante da situação política e econômica que impacta o país de maneira profunda.
Em um café da manhã em São Paulo, o Instituto Ethos reuniu representantes de várias de suas empresas associadas para uma conversa sobre como o setor privado deve agir e como pode assumir um papel de ‘catalisador’ das mudanças sociais tão necessárias neste momento.
Na semana passada, o jornal Valor Econômico e a revista Época veicularam o posicionamento da organização sobre a conjuntura atual do país. O Ethos acredita que há três caminhos importantes para os segmentos sociais enfrentarem os problemas nacionais, que devem ser trabalhados juntos.
“Somos pelo pluriálogo” propõe a criação de espaços de discussão para a sociedade
Um deles é a reforma do sistema político e eleitoral. A questão do financiamento das eleições e a representatividade de partidos e políticos, por exemplo, deve ser vista com bastante atenção, de modo a trazer de volta a identificação da população em relação a seus governantes.
Outra alternativa é o Plano Nacional de Integridade, que deve dar conta da transparência pública nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do fortalecimento das formas de controle social.
A retomada do desenvolvimento sustentável é outro ponto, com seus pilares básicos: o ambiental, o social e o econômico. “Quem mais está mais sofrendo com essa crise são as empresas e os trabalhadores. E precisamos construir alguma agenda comum para superarmos esse momento”, afirma Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Ethos.
A partir da proposta do ‘pluriálogo’, o Ethos pretende consolidar pontes e pensar, ao lado das empresas, em um projeto para o país. Afinal, a hora de prosperar, e não de retroceder, é agora.