Repasse de recursos havia sido suspenso pelo banco quando se divulgaram irregularidades na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

O Bando do Brasil anunciou nesta segunda-feira (19/1) a assinatura de aditivos ao contrato de patrocínio para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Com isso, os pagamentos serão retomados. Segundo um comunicado do banco, as novas cláusulas garantem o cumprimento das recomendações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em relatório que listava algumas irregularidades no uso de recursos públicos por parte da confederação.

No dia 11 de dezembro passado, o Banco Brasil anunciou a suspensão dos pagamentos para a CBV. O patrocínio do banco ao vôlei é um dos mais antigos do país e já dura 23 anos.

Entre as ações presentes no novo acordo estão:

A CBV tem agora 90 dias para implementar todas essas ações.

O Banco do Brasil é uma das 17 empresas que estão participando da criação do Acordo Setorial de Patrocinadoras do Esporte, uma iniciativa da Atletas pelo Brasil, do Instituto Ethos e do Lide Esporte, com apoio do Mattos Filho Advogados.

O acordo setorial é uma ação voluntária e autorregulada pelas empresas que estão definindo regras para o investimento privado nas entidades esportivas a fim de promover integridade, transparência e gestão eficiente.

O grupo tem como objetivos apoiar a melhoria da gestão das entidades esportivas ao longo do tempo e gerar um ambiente de colaboração e confiança, estabelecendo segurança para os patrocínios com regras claras e mecanismos.

As empresas que participam do grupo de trabalho que está criando o acordo são: Adidas, Ambev, Banco do Brasil, Bradesco, BRF, Construtora Passarelli, Correios, Itaú Unibanco, McDonald’s, Move (associação das empresas de artigos esportivos), Nestlé, Nissan do Brasil, Oakley, Pão de Açúcar, P&G, TetraPak e Volkswagen do Brasil.

Leia a íntegra da nota do Banco do Brasil abaixo:

Nota à imprensa

O Banco do Brasil informa que foram assinados os aditivos aos contratos de patrocínio mantidos com a Confederação Brasileira de Vôlei para as modalidades quadra e praia.

Os aditivos contratuais, assinados pelo BB e pela CBV, contemplam a implantação, em até 90 dias, de todas as recomendações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU), além de outras medidas solicitadas pelo Banco do Brasil.

Entre as novas cláusulas, constam a implantação de um novo Regulamento de Contratações, a criação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV, com participação de representantes da comunidade do vôlei, a reformulação do Conselho Fiscal, a definição de parâmetros mínimos para pagamento de bônus de performance a atletas, a criação da Ouvidoria e a implementação de medidas que busquem ressarcir a Confederação dos serviços contratados sem a devida comprovação de execução.

Com a assinatura do aditivo, o Banco do Brasil retomará os pagamentos referentes ao contrato, suspensos desde dezembro, mas condiciona a continuidade do patrocínio à implementação, no prazo de 90 dias, das ações formalizadas no aditivo.

Por Pedro Malavolta, do Instituto Ethos