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Em menos de dois meses, no dia 22 de abril, o Brasil deverá participar de uma cerimônia convocada pela ONU, em Nova York, para que as nações do mundo assinem o Acordo de Paris. Assim, os países vão dar início ao processo de ratificação das metas assumidas na Conferência do Clima (COP21), em dezembro de 2015.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que representa diversas entidades e setores da sociedade engajados nos desafios das mudanças climáticas, espera que o governo brasileiro ratifique o Acordo de Paris o mais breve possível. Ao fazer isso, o país demonstrará mais uma vez sua capacidade de protagonismo em âmbito mundial, como foi visto ao longo das negociações para a COP21. O documento vai entrar efetivamente em vigor quando mais de 55 países, que somem pelo menos 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, tiverem completado o processo de ratificação.
Assinar e ratificar o pacto global pelo clima significa não apenas que o Brasil está comprometido com a redução de emissões de gases do efeito estufa, mas que está decidido a direcionar seu desenvolvimento rumo a um novo modelo, mais inclusivo, competitivo e sustentável. A proposta brasileira é considerada pela Coalizão Brasil como uma agenda estratégica e uma oportunidade econômica, que trará mudanças reais e positivas do ponto não só à economia, mas à sociedade e ao meio ambiente.
O governo federal deve estabelecer um processo de diálogo amplo com a sociedade sobre essa agenda, uma vez que o cumprimento das metas nacionais para o clima depende do engajamento e da mobilização de todos os setores sociais. A coalizão já vem trabalhando em estratégias para alcançar essas metas, em especial nas áreas de agricultura, bioenergia e florestas, e acredita que os objetivos são factíveis e permitem transformar as vantagens comparativas do país em vantagens competitivas.
O Ethos e a Coalizão Brasil
O Instituto Ethos participa da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e a geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade.
Originalmente publicado no site da Unica.
