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90% das empresas veem risco reputacional no envolvimento em campanhas políticas

Ethos lança guia sobre a responsabilidade social das empresas no Processo Eleitoral

18/08/2022

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O Instituto Ethos acaba de publicar o documento “A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral”, um guia para auxiliar as empresas sobre como atuar de forma ética e responsável nas eleições. A elaboração do estudo incluiu a realização de uma pesquisa com empresas associadas ao Ethos, na qual 90% dos respondentes acreditam ser importante a responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, 90% enxergam riscos reputacionais no envolvimento com o tema e 85% afirmaram não dispor de uma política interna exclusiva para tratar da questão.  A pesquisa foi realizada no período de 13/06 a 07/07/2022 e recebeu 42 respostas, sendo cerca de 66% de empresas de grande porte, 24% de médio porte e 10% micro e pequenas.

Desde o ano 2002, o Ethos publica documentos com orientações, sempre incorporando as atualizações do processo eleitoral, sendo que algumas edições foram construídas de forma colaborativa com outras organizações, como Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) e Transparência Internacional, por exemplo. Até 2016, o foco eram as doações de empresas para campanhas eleitorais, mas a doação de pessoas jurídicas para campanhas foi proibida em 2015, passando a ser permitidas duas formas principais, o Fundo Eleitoral e por pessoas físicas. Sem a possibilidade de contribuição, a relação das empresas com as eleições mudou mas continua sendo de fundamental importância.

Segundo Caio Magri, presidente do Instituto Ethos, as empresas permanecem com sua posição de agente de mobilização social. “Elas podem trabalhar em conjunto com a sociedade civil em ações coletivas para exigir dos candidatos compromissos públicos com suas promessas de campanha, demandar que sejam concretas, claramente descritas e com metas quantificadas para que possam ser acompanhadas posteriormente”, afirma Magri.

Apoio a causas e não a candidatos
O guia destaca que não há uma forma exata de como uma empresa socialmente e politicamente ativa deva atuar nas eleições. Mas há algumas diretrizes que podem mitigar os riscos. Uma delas recomenda que a atuação das empresas seja pautada na defesa e no apoio às causas e não às pessoas que sejam candidatas, atuando preferencialmente por ações que gerem impactos perenes alinhadas com agendas
para o desenvolvimento sustentável como as da Agenda 2030, por exemplo. Deve-se observar o alinhamento das causas às políticas internas da empresa, além da conformidade com leis e regulamentos internos, como Código de Conduta e políticas específicas.

Uma forma segura para as empresas se posicionarem é assumir compromisso em ações coletivas ou em agendas transversais. Neste segundo caso estão, por exemplo, políticas públicas para diminuir as desigualdades de gênero e raciais, ações contra o desmatamento, que combatam o trabalho análogo à escravidão, incentivo a formulação de canais de conduta ou podem ser ainda questões locais, como debates sobre zoneamento urbano, investimentos estaduais ou municipais em determinados setores da economia ou regiões.

O documento traz também orientações sobre ações internas, como incentivo aos colaboradores para exercerem seus deveres como cidadãos, capacitação sobre conceitos de democracia e respeito ao direito de livre manifestação política, além de indicar as regras de condutas a serem observadas no ambiente de trabalho e em situações nas quais o indivíduo estiver representando a empresas perante terceiros.

Como funcionam as eleições no Brasil
Além das recomendações para as empresas, o documento apresenta informações sobre como funcionam as eleições no Brasil, os sistemas eleitorais (majoritário e proporcional), crimes eleitorais, as regras para o financiamento de campanhas nas eleições 2022, participação e diversidade nas eleições, condições para candidatura e possibilidade de inelegibilidade, entre outros tópicos.

Faça o download do guia “A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral”.

Por: Analítica Comunicação – Assessoria de Imprensa do Instituto Ethos

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