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O diálogo sobre a migração mundial para uma indústria de baixo carbono e o desenvolvimento de estratégias para ajudar as empresas a se anteciparem a cenários regulatórios, impulsionando negócios com uma economia mais limpa e resilientes à mudança climática, é capaz de estimular o mercado.

“O ano de 2019 é decisivo para uma resposta efetiva às questões climáticas. Além da ocorrência de chuvas e enchentes no Brasil e suas terríveis consequências, observamos um movimento cada vez mais contundente no mundo todo. Recentemente a Grã-Bretanha declarou emergência climática e a expectativa de zerar emissões até 2050; Nova Zelândia e Los Angeles se comprometeram com atividades de promoção de atividades de baixo carbono e a Secretária Executiva da UNFCCC declarou que esse ano será decisivo para uma resposta efetiva da comunidade internacional”, exemplifica Flavia Resende, coordenadora de Projetos de Meio Ambiente do Instituto Ethos.

Dentro desse cenário, o Ethos, através do Fórum Clima e juntamente com a Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), busca debater e tratar as formas de precificação do carbono no Brasil, pensando mecanismos estratégicos para promover a descarbonização da economia com o menor custo possível à sociedade, o que também pode proporcionar um aumento de competitividade entre as empresas, como comenta Flavia: “O setor empresarial também está atento e colaborativo com a agenda climática. Reconhecem a importância de precificar o carbono e a competitividade de uma agenda de baixo carbono para os seus negócios.”

Essa competitividade pode ser alavancada no mercado brasileiro quando as empresas começarem a aproveitar todo seu potencial de engajamento com relação às atividades e práticas de adaptação à mudança do clima.

Nesse sentido, em parceria com a WWF-Brasil, o Fórum Clima desenvolveu em 2017 a publicação “Financiamento climático no Brasil: mapeamento de fundos nacionais e internacionais”, com o objetivo de mapear fundos que podem ser utilizados pelas empresas para que elas possam obter financiamento para atividades de adaptação ao clima, auxiliando na superação de alguns dos desafios que impedem o avanço dessa agenda.

Em concordância com essas ações, um dos temas do Conexões Ethos, que terá sua primeira edição na cidade de Curitiba no dia 24 de maio, será a intensidade de carbono e a economia do Paraná, pois, cada vez mais, se mostra urgente dialogar sobre as capacidades e oportunidades para a transição de uma economia de baixo carbono. Os estados e as cidades brasileiras pautam essa agenda de olho no potencial de atração de negócios, inovação, geração de empregos e dinamismo das economias locais.

Como a região sul e o Paraná mobilizam atores do mercado e políticas públicas para enfrentar a crise climática? Esse é o desafio do debate no Conexões Ethos – edição Curitiba, que acontece no dia 24 de maio, a partir das 8h30. As inscrições são gratuitas.

Foto: Pexels