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Associada Ethos vence categoria “Empresa do Ano” na premiação Guia Exame de Diversidade

Cerimônia aconteceu dia 27/03

03/04/2019

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O evento de reconhecimento das empresas que mais investiram em boas práticas de diversidade em 2018 aconteceu dia 27/03 em São Paulo.

A premiação do Guia Exame de Diversidade, uma iniciativa do Instituto Ethos e da Exame, contou ainda com um talk show, debates e apresentações de casos e histórias com líderes, especialistas e colaboradores das empresas em torno do tema da diversidade e igualdade de oportunidades no mundo corporativo.

André Lahóz, diretor de redação da Exame, explicou como o início do trabalho desenvolvido pela revista na agenda da equidade de gênero contribuiu para que a visão acerca do tema fosse ampliada para tratar o tema da diversidade como um todo. Foi nesse momento em que a parceria com o Ethos foi estabelecida para que o debate fosse expandido e o desafio se concretizasse em ações efetivas.

Entre os desafios, o Fórum Diversidade, buscou levar um público mais variado e heterogêneo para participar do evento e para concorrer à premiação, reafirmando a necessidade de trazer interseccionalidade e transversalidade para a agenda da diversidade.

Com um cenário desafiador, a exposição e a disposição em se colocar publicamente em uma avalição desse tipo, é uma iniciativa importante das empresas: “Continuamos vivendo situações contraditórias que precisam de reflexão, como o envolvimento das empresas em casos de intolerância. Precisamos pontuar e reconhecer a necessidade de atuação nesses casos, sendo necessário utilizar indicadores assertivos”, pontuou Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, na abertura do evento.

O talk show com Marcos Nisti, CEO do Instituto Alana, abordou a pauta sobre o “Respeito a diversidade no Brasil e o papel da sociedade civil”, enfatizando a necessidade de incorporar o tema no ambiente de trabalho como um processo: “A diversidade não deve ser encarada só como um tema a ser tratado dentro de um departamento, ele tem que ser trabalhado na instituição inteira e com todas as pessoas. O ambiente diverso é valioso para o clima se a inserção for feita de maneira cuidadosa. Quando a instituição não olha a inclusão e as pessoas como um peso e obrigação, e sim com o olhar de oportunidade, ela tem muito a ganhar porque isso gera um valor inestimável”, acredita.

O debate com o tema central “Os avanços e os desafios da diversidade no Brasil e no mundo”, abordou as dificuldades em trabalhar o tema em todas as regiões do país, visto que o debate é melhor trabalhado e avançado no eixo Rio-São Paulo. Além disso, os participantes pontuaram que a diversidade e a equidade vêm melhorando na base, mas não atingem os níveis de liderança das organizações. “Apesar da capacidade das grandes empresas em avançar, os dados também são críticos, existe um processo de inclusão na base, mas a equidade na estrutura de governança ainda precisa melhorar”, explicou Caio.

A discussão sobre indicadores está progredindo, porém, a profunda desigualdade no país faz com que o impacto das políticas de diversidade ainda seja muito pequeno. Há também uma “resistência em querer entender que isso é um problema, e não algo que pode ser resolvido naturalmente sem a implementação de políticas e esforço das empresas”, conforme disse Regina Madalozzo, pesquisadora e professora do Insper.

A discussão levantou a importância sobre as áreas de recrutamento das empresas discutirem a questão capacitação x talento, levando em consideração que os candidatos devem ter a oportunidade de treinamento e evolução de seus talentos no decorrer do desenvolvimento do trabalho e, não necessariamente, chegarem prontos e totalmente capacitados.

Proporcionar esse ambiente mais inclusivo e diverso envolve um trabalho de engajamento para a mudança de cultura, como explicou Thais Dumêt, Oficial Técnica em Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT): “Há uma tendência em manter privilégios e poder, por isso o desconforto com a distribuição do poder e a dificuldade em conviver com um ambiente mais diverso. A discussão é mais ampla do que abordar políticas de inclusão e recrutamento, é preciso mudar a cultura de dominação e mini poderes que existe não só nas empresas, mas em todas as esferas da sociedade.”

As empresas têm potencial para influenciar a sociedade e seu entorno, monitorando suas cadeias produtivas de forma positiva para alcançar o desenvolvimento econômico aliado a justiça social. Thiago Amparo, professor de discriminação e diversidade da FGV-SP, destacou um exemplo de como essa iniciativa pode ser tomada: “Empresas concorrentes podem atuar em conjunto para influenciar positivamente políticas públicas, principalmente empresas que têm um potencial técnico muito grande. No contexto adverso de hoje, as empresas precisam assumir um papel público de ser a favor da diversidade, não só em questões internas, mas também na sociedade como um todo.”

O segundo debate, sobre “Práticas de incentivo à diversidade nas corporações”, trouxe mais exemplos práticos de ações das empresas e a importância em implementar práticas que empoderem as pessoas, com um ambiente inclusivo que comporta treinamentos direcionados ao capital intelectual, como ressaltou Beatriz Sairafi, diretora de RH da Accenture. Um ambiente favorável e o engajamento dos colaboradores foram pontuados como questões muito importantes no processo de inclusão, pois “a organização tem papel de parte ativa na transformação da vida das pessoas”, explicou Beatriz.

Já na rodada de apresentação de casos e histórias pessoais, foram abordadas questões como equidade racial e de gênero, inclusão de pessoas com deficiência e direitos LGBTI+ em casos reais de boas práticas.

A premiação foi dividida em segmentos de atuação das empresas (Agronegócio, Autoindústria, Bens de Consumo, Bens de Capital, Construção Civil, Consultoria, Eletrônico, Energia, Instituições financeiras, Químico e Petroquímico, Serviços, Siderurgia e Mineração, Tecnologia, Varejo e Pequenas e Médias Empresas) e categorias (gênero, étnico-racial, pessoas com deficiência e LGBTI+), além do reconhecimento da empresa vencedora do ano, o Santander.

Entre as empresas premiadas, 12 são associadas ao Instituto Ethos, o que reforça a importância de iniciativas como o Guia Exame de Diversidade como forma de incentivo de boas práticas que podem ser decisivas para os negócios, sendo trabalhadas de forma estratégica.

Empresas premiadas 

Por segmento 

  • Agronegócio: Cargill
  • Autoindústria: General Motors
  • Bens de Consumo: Grupo Boticário
  • Bens de Capital: John Deere
  • Construção Civil: Techint
  • Consultoria: Accenture
  • Eletrônicos: Schneider Electric
  • Instituições Financeiras: Santander
  • Químico e Petroquímico: Shell
  • Serviços: Atento
  • Siderurgia: Novelis
  • Tecnologia: SAP
  • Varejo: Carrefour
  • Pequena e média empresa: Trench Rossi e Watanabe

Por categoria

  • Gênero: Avon
  • Étnico-racial: White Martins
  • Pessoas com deficiência: Natura
  • LGBTI+: SAP

Vencedora do ano 

Santander

Por: Laís Thomaz, do Instituto Ethos

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