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Atividades da Conferência Ethos se conectam e permitem aprofundamento nas questões

Trilha de diálogos viabiliza jornada com diferentes análises de especialistas

04/06/2021

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Desde a abertura da Conferência Ethos, no dia 27 de maio, a Conferência Ethos 2021 vem traçando uma narrativa ampla que possibilita um aprofundamento nas questões que estão sendo desenvolvidas e se conectam a cada nova atividade. Todos os conteúdos estão disponíveis no canal do Ethos no YouTube.

A vulnerabilidade das mulheres e meninas na pandemia foi pauta do painel Como não resistir sozinhos?, em que Maria Sylvia, do Gelédes, abordou o racismo e a resistência da população negra e chamou a atenção para o fato de mulheres e meninas negras serem ainda mais afetadas. Natalie Lacey, por sua vez, analisou a desigualdade e as enormes lacunas econômicas, sociais e políticas existentes entre homens e mulheres, que resvalam no empoderamento, engajamento e participação política e econômica de mulheres ao redor do mundo, no vídeo Pandemia e retrocessos globais na agenda de equidade de gênero.

Fatos que atrelados à questões estruturais, aprofundam a insegurança, o desemprego e a violência, colocando quase um terço da população brasileira em extrema vulnerabilidade. Hoje, menos de metade das mulheres está no mercado de trabalho, número que não era visto há décadas.

Essas questões tiveram continuidade nos diálogos dessa semana, conforme segue destaques do que foi abordado abaixo:

O desamparo e a vulnerabilidade das mulheres e meninas na pandemia

 

Débora Diniz e Silvia Souza

Assista o painel

Debora Diniz, pesquisadora e professora de Direito na Universidade de Brasília (UnB) e Silvia Souza, advogada e especialista em advocacy no Congresso Nacional participaram da atividade. Scarlett Rodrigues, coordenadora de projetos de Direitos Humanos do Instituto Ethos, que mediou o painel, abriu a conversa explanando sobre a atual conjuntura. “Hoje, no cenário de pandemia, em meio aos esforços para conter o avanço do vírus, que ainda não é como deveria ser, um tema que chama atenção é a situação das mulheres e meninas no país. Isso porque a pandemia evidenciou ainda mais as desigualdades sociais, econômicas e territoriais no mundo”, constatou.

Em uma fala ininterrupta, no formato TEDx, Debora apresentou que “essa é uma pandemia que agrega um desalento ao desamparo que já existia antes dela”. E, explicou: “o desamparo está relacionado as políticas da vida que protegem uns e abandonam outros” e que o desamparo “não é igualmente vivido por todos nós”.

Outro apontamento importante foi o apontamento de que “poucas vidas eram protegidas antes da pandemia e muitas eram matáveis, destruídas” Para Debora, “instauramos um novo modelo de morte com a pandemia”.

A professora da UnB concluiu: “o medo não pode ser uma opção, ele não pode ser nosso afeto. Nosso afeto tem que estar no campo da esperança, de um novo possível. Agora, como e quais são as regras desse novo possível, nós vamos saber fazendo. Nesse novo possível, tem que caber mais gente do que hoje cabem nas políticas de proteção da vida”.

Silvia complementou as considerações feitas por Debora. “A Covid-19 é um grande espelho que reflete nossas tragédias das formas mais nítidas e escancaradas possível. Essa fragilidade que a pandemia nos impõe já era experienciada pela população negra e pela população que está em situação de vulnerabilidade no Brasil. Ela possibilita a materialização de um sonho do imaginário racista brasileiro que é antigo, um sonho de extermínio do contingente negro brasileiro e das comunidades tradicionais do Brasil”, informou, lançando luz sobre o recorte de raça.

“Há uma ausência elementar de políticas públicas voltadas para as mulheres. Nossas políticas não contemplam o elemento raça, sendo que o racismo é a espinha dorsal do Brasil. A política é estruturada tendo o racismo como face, nossa miséria sustenta o privilégio de outros”, acredita a advogada e especialista em advocacy no Congresso Nacional.

Como surgiu e como funciona a iniciativa Afrogooglers?

 

Karen Novaes

Assista o painel

Karen Novaes, líder do AfroGooglers e recrutadora no Google, mostra como a iniciativa de colaboradores inspira e mobiliza uma empresa para a diversidade racial.

Ao longo do tempo, o grupo AfroGooglers criou uma série de iniciativas e projetos com foco em desenvolvimento, capacitação, criação de oportunidades, carreira e inclusão de pessoas negras dentro e fora da comunidade do Google, um dos exemplos é o Black Ads Academy.

A pandemia fez com que o grupo se reinventasse e, ao levar a iniciativa para as plataformas digitais, conseguisse atingir e capacitar muito mais pessoas ao redor do Brasil, tornando o projeto uma realidade para qualquer pessoa negra que queira fazer essa formação.

 

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Print do evento online

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