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Conferência Ethos aborda o tema de diversidade na semana do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+

Semana de diálogos foi marcada pelo lançamento do Guia para Promoção dos Direitos LGBTI+

02/07/2021

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A Conferência Ethos iniciou mais cedo na semana do dia 28/06. Com sua programação comumente estabelecida entre as terças e quintas-feiras, nessa semana, os diálogos se iniciaram na segunda-feira em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBTI+. A data foi marcada pelo lançamento especial do Guia para Promoção dos Direitos LGBTI+. Assista a live de lançamento do Guia e os demais debates desta semana no canal do Instituto Ethos no YouTube.

Lançamento do Guia para Promoção dos Direitos LGBTI+ (28/06)

 

Valdirene Assis, JP Polo, Ana Lúcia Melo e Reinaldo Bulgarelli.

Assista ao painel

O Guia, lançado no dia 28/06 durante a Conferência Ethos, é uma ferramenta que servirá como auxílio de boas práticas para as empresas ajustarem o foco nas temáticas de diversidade dentro e fora das organizações. Participaram do lançamento o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e o Ministério Público do Trabalho (MPT), parceiros do Ethos na construção do Guia. A conversa foi mediada por JP Polo, analista sênior de Diversidade e Inclusão da PwC Brasil, que apoiou o evento junto a JLL.

O painel foi aberto com a fala do diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, que comentou sobre os desafios enfrentados na sociedade para a aplicação de políticas de inclusão. “Nós estamos tentando avançar em um momento em que todas as forças mais poderosas já se jogaram na cena política. Porque é impossível avançar sem que a gente tenha democracia, diálogo, transparência e tolerância”, destacou Caio.

Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, em sua fala, ressaltou a importância de convivermos em harmonia e respeito para que possamos ter uma sociedade cada vez mais diversa. “Nós precisamos fazer uma cadeia da cidadania, do respeito, da inclusão. É isso que nós queremos. Fazer uma sociedade mais justa, mais igualitária, em que as pessoas possam ser mais felizes, e cada um com seus interesses mediados pela ética do relacionamento, sem discriminação de qualquer natureza”, contou o diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+.

Os participantes ainda lembraram como o debate de inclusão ganhou espaço ao longo dos anos. Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, contou que o tema era visto, anteriormente, como assunto da vida privada, mas hoje pode ser colocado na mesa da cidadania. Reinaldo disse: “Do ponto de vista do Fórum e das empresas, o grande marco de avanço no país é a criação do Instituto Ethos, eu acompanhei no comecinho”.

Ana Lucia Melo, diretora-adjunta no Instituto Ethos, convida todas as empresas para conhecerem o Guia, que servirá como parâmetro para o avanço da agenda de diversidade. Interessados devem enviar um e-mail para [email protected]. Em breve, o material estará disponível no site do Ethos.

A Procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, Valdirene Assis, reforçou que o lançamento do Guia marca apenas o início do trabalho. Ele deve ser utilizado pelas empresas para que produza os frutos que lhe foi ordenado.

Confira a cobertura completa do evento de lançamento do Guia.

Impactos da pandemia: desemprego entre jovens e o alerta sobre a geração perdida (01/07)

 

Vivianne Naigeborin, Mariana Almeida, Lucas Gregório e Daniela Redondo.

Assista ao painel

Estreando o mês de julho, o painel abordou estratégias para a retomada da economia e do desenvolvimento pós-pandemia. Como apontado pela Scarlett Rodrigues, coordenadora de projetos de Direitos Humanos do Instituto Ethos e mediadora do diálogo, a situação da juventude foi colocada na categoria de perigos claros e atuais, junto a eventos temáticos e doenças infecciosas que estão presentes nesta mesma categoria, segundo relatório de riscos globais.

Lucas Gregório, assistente de projetos da United Way Brasil, em sua fala, deu ênfase sobre como enxerga a juventude atual. Diferente do que os veículos de comunicação costumam chamar os jovens que em determinado momento da vida não estudam e nem trabalham (“geração nem-nem”), o GOYN, aliança para promover a inclusão produtiva de jovens na cidade de São Paulo, acredita na geração “jovens-potência”, pessoas na faixa de 15 a 29 anos que estão em busca de uma chance no mercado de trabalho e que superam, diariamente, muitos desafios.

Mariana Almeida, superintendente da Fundação Tide Setubal, reforça o fato de que, na maioria das vezes, os jovens-Potência são, majoritariamente, negros. “Não tem como entrarmos no debate de inclusão produtiva sem reconhecer esse aspecto”.

Também foi tema da conversa, o contexto histórico da exclusão produtiva no Brasil, como dito pela Vivianne Naigeborin, diretora e superintendente da Fundação Arymax.

 

“A gente define inclusão produtiva como inclusão de pessoas em vulnerabilidade econômica. Seja pela via da empregabilidade ou empreendedorismo rural e urbano.”
Vivianne Naigeborin

 

Um dado de destaque que foi pontuado no diálogo, trazido pela diretora executiva do Instituto Coca-Cola Brasil, Daniela Redondo, é que, segundo projeções do Banco Mundial, essa será a última vez que a base da pirâmide brasileira será composta majoritariamente por jovens. Está havendo uma inversão da pirâmide, e por isso é necessário investirmos na população jovem, visto que, futuramente, ela será o contingente mássico da força de trabalho.

Como desenvolver estratégias para a inclusão de pessoas trans? (01/07)

 

Alexys Tomoyo, Margarete Yanikian, Lucas Bulgarelli e Fe Maidel.

Assista ao painel

O último painel ao vivo da semana, retomou o debate de inclusão, mas com foco  na questão da população trans. Lucas Bulgarelli, diretor do Instituto Matizes – Pesquisa e Educação em Diversidade e mediador do debate, fez a abertura da conversa pontuando que, antigamente, não era óbvio ser LGBTI+ e trabalhador, “se você trabalhava, muito raramente você ia assumir sua identidade sexual no ambiente de trabalho”, apontou Lucas, que ainda ressaltou o fato do Brasil possuir índices alarmantes de violência contra a população LGBTI+, principalmente entre a população trans.

Fe Maidel, assessora de Políticas LGBTI+ no Conselho Municipal de Políticas para Mulheres no Município de São Paulo (PMSP), reforçou a questão da violência levantada anteriormente pelo Lucas Bulgarelli

 

“Se a pessoa conseguiu sobreviver e se assumir, essa pessoa tem jogo de cintura. Temos que poder ouvir essa pessoa mesmo que ela não tenha escolaridade.”
Fe Maidel

 

Margarete Yanikian, superintendente de Responsabilidade Social, Comunicação Interna e Ouvidoria na Atento Brasil, comenta sobre os avanços que a Atento promove na agenda de diversidade. “Fomos uma das primeiras empresas a implementar o nome social. Temos o nome social no crachá funcional, no e-mail corporativo e nos benefícios como vale alimentação/refeição”.

A fala de Margarete foi completada por Alexys Tomoyo, estagiário de Responsabilidade Social Corporativa, também na Atento Brasil. “Eu também ajudo nessa questão do aceite do nome social para as pessoas receberem os crachás. Semanalmente, tenho muitas alegrias vendo novos pedidos chegando, porque vejo que tem novas pessoas trans chegando na empresa e isso me deixa muito feliz”, comentou o estagiário.

 

“Quando a empresa nos contrata é uma via de mão dupla: a empresa aprende com a gente e a gente aprende com a empresa. Ter espaço para podermos falar e relatar o que precisamos e sentimos e como podemos contribuir com a empresa é muito importante. Dando o espaço, a gente pode conquistar o mundo.”
Alexys Tomoyo

 

Investir em jovens e evitar uma “geração perdida” (01/07)

 

Veerle Miranda

Assista ao painel

O último painel da semana, contou com a presença de Veerle Miranda, economista sênior da Divisão de Política Social da OCDE. A especialista comentou sobre os impactos que a pandemia da Covid-19 causou na população mais jovem em relação ao mercado de trabalho. “A taxa de desemprego juvenil atingiu 16,6% de pessoas entre 15 a 29 anos de idade no segundo trimestre de 2020”, comentou Veerle sobre a média nos países membros da OCDE.

Para evitar um colapso ainda maior ao final da pandemia, Veerle Miranda diz que a OCDE incentiva seus países membros a aumentar o apoio aos jovens onde necessário. “Isso significa manter o compromisso e a sua dedicação, promover um melhor emprego para os jovens e proporcionar empregos de qualidade”, concluiu a economista.

Conferência Ethos

Acompanhe a discussão completa da Conferência Ethos através do canal do Instituto Ethos no YouTube e consulte a programação pelo site oficial.

Por: Lucas Costa Souza, do Instituto Ethos

Foto: Pexels

 

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