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Estudo aponta que pessoas refugiadas e migrantes têm menos acesso a políticas de inclusão

Segundo pesquisa da ONG Visão Mundial e do Instituto Ethos, quanto maior a empresa, maior é a presença de práticas de inclusão.

25/08/2021

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Nesta terça-feira, 24 de agosto, o Instituto Ethos e a Visão Mundial divulgam o relatório da pesquisa sobre os cenários para políticas de contratação e de inclusão e promoção da igualdade social no Brasil que aponta que tais políticas estão mais presentes em organizações de grande porte. O material pode ser consultado no site do instituto Ethos e a instituição também lançou um vídeo com os principais dados deste estudo em seu canal do YouTube.

Na pesquisa, respondida por quase 80 organizações, as empresas foram inquiridas sobre as suas políticas de inclusão e promoção da igualdade para quatro grupos prioritários: Mulheres; Pessoas com Deficiência (PcD); comunidade de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais, Queer, Intersexo e outras identidades de gênero e orientações sexuais (LGBTI+); e Pessoas Refugiadas e migrantes. Entre as empresas de grande porte, 73% responderam desenvolver práticas inclusivas, um número que cai para 66,7% nas de médio porte e 63% entre as micro e pequenas empresas.

O relatório faz parte das ações do projeto Ven, Tú Puedes, iniciativa financiada pelo Governo dos Estados Unidos pelo Escritório de População, Refugiados, e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (PRM), que tem como objetivo fornecer assistência básica e ajudar a aumentar a renda familiar de milhares de venezuelanos, entre 18 e 35 anos, residentes nas cidades de Boa Vista (RR), Manaus (AM) e São Paulo (SP).

“O objetivo é que esse mapeamento ajude as empresas, governo e sociedade civil, a elaborar respostas mais efetivas para essa questão. Como próximos passos, a ideia é facilitar a adoção de políticas e práticas inclusivas pelas organizações, com objetivo de sensibilizar mais empresas, facilitar a divulgação de vagas e oportunidades, por exemplo, para as pessoas refugiadas e migrantes”, destaca Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos. “Precisamos de políticas e ações afirmativas capazes de ensejar, por exemplo, a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho brasileiro, pois grande parte dos migrantes que se inserem no mercado de trabalho ocupam cargos informais, privados de direitos, sem proteção social e estão até mesmo inseridos em trabalhos precários”.

“A experiências das companhias com ações de inclusão e promoção da igualdade para outros grupos abre uma possibilidade de rápido desenvolvimento de políticas voltadas às pessoas refugiadas e migrantes”, afirma o diretor de Operações da ONG Visão Mundial, Thiago Machado. “Tomando como exemplo o universo das respostas do questionário, seria possível quase dobrar o número de organizações que desenvolvem ações para quem emigra ou se refugia no País se fosse possível apreender com as práticas de empregabilidade voltadas para mulheres ou adaptar essas práticas. Ações simples, como incluir o quesito de refúgio e imigração nos critérios de contratação para mulheres, já poderiam ter um impacto importante”, conclui.

Oportunidades para promover a empregabilidade de pessoas refugiadas e migrantes

Entretanto, a pesquisa também joga luz em diversas oportunidades de desenvolvimento de ações para promover a empregabilidade de pessoas refugiadas e migrantes no Brasil.

A percepção positiva da capacidade de trabalho daqueles que migram ou se refugiam no Brasil foi lembrada por algumas empresas. O que é corroborado pelos censos realizados nessa população, já que é muito frequente que essas pessoas tenham diploma de nível superior e experiências profissionais de destaque em seu país de origem.

De forma semelhante, a pesquisa também trouxe relatos sobre empresas que desenvolvem ações de empregabilidade para pessoas refugiadas e migrantes em uma subsidiária ou escritório local, porém não fazem isso de forma uniforme nacionalmente ainda. As adaptações e aprendizados locais com certeza serão úteis para expansão desse tipo de ação como também para conseguir criar ambientes de trabalho acolhedores e sem xenofobia; em que a diversidade seja vista como algo que enriquece e ajuda na geração de valor das empresas.

Acesse o relatório de pesquisa

 

Por: Visão Mundial

Foto: Nappy

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