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Estudo avalia impactos da Renda Básica Emergencial na mobilidade durante a pandemia

13/07/2020

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Especialistas defendem estratégia integrada para efetividade de medidas de mitigação

Apesar dos problemas de concepção e de operacionalização, a Renda Básica Emergencial atingiu segmentos vulneráveis da população, como já tinham apontando outros boletins da Rede de Pesquisa Solidária, para a iniciativa “Covid-19: Políticas Públicas e as Respostas da Sociedade”.

Para elaboração do 15º boletim, foram consultados 1654 moradores de Fortaleza, Goiânia, Manaus, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Porto Alegre, o que permitiu a comparação entre as práticas de distanciamento social daqueles que receberam e aqueles que não receberam a Renda Básica Emergencial, apesar de elegíveis.

O estudo aponta que as mulheres e aqueles que não se identificam como brancos foram os que mais receberam o auxílio do governo. Ao mesmo tempo, os maiores de 55 anos receberam menos auxílio emergencial.

Sobre os impactos na mobilidade, aqueles que receberam o auxílio saíram mais de casa para fazer compras, enquanto os que não receberam, deixaram suas casas para outras atividades, com destaque para as esportivas e, em menor extensão, para trabalhar.

E, o indicador de risco de contaminação pela Covid-19 foi maior entre os beneficiados pelo programa de renda básica emergencial. Nas duas semanas anteriores às entrevistas, os não beneficiados pelo programa deixaram suas casas em 3,43 dias, enquanto os que receberam o auxílio deixaram suas casas 3,51dias.

Recomendações

A partir dos dados observados, a Rede de Pesquisa Solidária sugere que o auxílio emergencial, para cumprir pleno papel de diminuição do risco de contágio e de contenção da Covid-19, precisa ser complementado por programas de informação voltados para reduzir a mobilidade dos indivíduos.

“Sem essa atuação complementar, cuja responsabilidade primeira é do setor público, o programa pode contribuir para a quebra do distanciamento físico e mostrar-se ineficaz na diminuição do contágio pelo vírus”, destaca o documento, que observa ainda que, como mostrado em Boletins anteriores, “as ações integradas são as que possuem maior chance de êxito no combate à pandemia”.

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Unsplash

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