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Após uma importante pausa para a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), a Conferência Ethos, virtual e gratuita, volta com força total, lançando luz sobre as agendas de meio ambiente e integridade. Para se programar e não perder nada, confira os temas das atividades: 16h10 – Natura oferece: Como ampliar a escala de soluções para manter a floresta em pé?; às 17h30 – Hydro oferece: Inovação e o futuro da gestão dos rejeitos na indústria de alumínio; e às 18h40 – Os novos rumos da agenda anticorrupção no momento crítico de crise e pandemia. Se inscreva no canal do Ethos no YouTube e ative as notificações.

 A manutenção da floresta em pé

A natureza oferece aos seres humanos e animais bem-estar, sustento aos modos de vida dos povos originários e tradicionais e produtividade e competitividade econômica, entre outros benefícios. No caso do Brasil, somos um dos países que fazem uso de recursos naturais de forma mais intensa, com uma economia de forte base extrativista, de grande expansão do agronegócio.

No entanto, de forma contraditória, o país registrou nos últimos anos a intensificação do desmatamento, contribuindo para a balança comercial do país de forma predatória e para uma importante pressão de mercados e investidores estrangeiros. Então, como garantir a preservação e ampliar a escala de soluções para manter a floresta em pé?

Esse painel é uma oportunidade para dar destaque a processos bem-sucedidos nas cadeias produtivas, ao desenvolvimento de comunidades extrativistas na Amazônia Legal e ao modelo de ganha-ganha e de alto potencial regenerativo dos ecossistemas. Vamos falar de modelos mais criteriosos de subsídios à produção no Brasil, de transformação no padrão do uso da terra e inclusive de promoção de uma agroindústria de base científica e mais sustentável.

Inovação na gestão dos rejeitos na indústria de alumínio

A inovação e as tecnologias empregadas na disposição dos rejeitos, em especial da bauxita e da alumina, na indústria do alumínio são importantes aliadas para a redução de impactos ambientais, ao permitir que os rejeitos inertes sejam devolvidos às áreas já abertas e mineradas para posterior reflorestamento.

Além disso, priorizar parcerias para pesquisa e desenvolvimento e tecnologias seguras como o “filtro prensa”, para depósitos de resíduos sólidos de alumina, são assuntos que serão destacados no segundo painel do dia da Conferência Ethos dessa semana.

 Novos rumos na agenda anticorrupção

Os dados do Brasil quando o assunto é corrupção são alarmantes. O Índice de Percepção da Corrupção, divulgado em janeiro pela Transparência Internacional, registrou que o país se manteve no pior patamar da série histórica, caindo mais uma posição no ranking de 180 países. No relatório mais recente do “Brazil: Setbacks in the Legal and Institutional Anti-Corruption Frameworks/2020 Update”, a organização identificou graves retrocessos do Brasil na luta anticorrupção. E, no Índice de Capacidade de Combater Corrupção (CCC Index) 2020, da Américas Society/Council of the Americas e da Control Risks, que avalia a capacidade de combate à corrupção dos países latino-americanos, o Brasil ocupa a quarta posição, com queda de 10% na pontuação geral. Para o índice, a onda anticorrupção está recuando perigosamente na América Latina e a pandemia e os estados emergenciais implicam riscos ainda maiores de corrupção.

Então, nesse contexto, quais são as implicações para os negócios, para as relações multilaterais e para o Estado democrático de direito? Quais são os elementos que caracterizam os retrocessos e que trajetórias e costumes influem para que as instituições possam ajudar o Brasil a enfrentar os arroubos autoritários? Essas serão questões tratadas nesse importante diálogo.

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Unsplash