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Presença feminina permanece desigual no ambiente corporativo  

06/03/2017

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Para o Instituto Ethos, investir na diversidade de gênero é estratégia para diferencial competitivo no mercado

A cada nova edição do Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas – uma pesquisa que conta com a cooperação do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da Fundação Getúlio Vargas e reúne dados sobre a participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro,o Instituto Ethos tem observado que o cenário em relação a afrodescendentes e mulheres estagnou.  

A pesquisa revela que a presença feminina nas empresas sofre um afunilamento a medida em que a hierarquia sobe e atinge postos mais estratégicos – o número de homens é oito vezes maior que o de mulheres nos conselhos administrativos.  Sob a perspectiva de raça, o estudo mostra uma exclusão ainda maior das mulheres negras dos cargos executivos estratégicos e de gerência.  As mulheres negras são apenas 1,6% da gerência e 0,4% do quadro executivo. Apenas duas mulheres negras (pretas e pardas) foram encontradas entre 548 executivos analisados.

Ambos os grupos são sub-representados no mercado de trabalho e as empresas têm um papel fundamental neste processo. A inclusão e a promoção da diversidade devem estar no cerne das práticas da gestão de pessoas. 

Causas
O estudo, Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas, aponta ainda que quando questionados sobre a causa da restrita participação feminina em ao menos um dos níveis hierárquicos estratégicos das empresas, 36,9% dos gestores disseram faltar conhecimento ou experiência de sua empresa para lidar com o assunto. Outros 34,2% disseram ‘não haver interesse das mulheres’.

“O interesse feminino pela qualificação e por galgar postos no campo profissional pode, no entanto, ser percebido quando olhamos os dados da pesquisa sobre capacitação. Segundo o estudo, o nível de instrução das mulheres é superior ao dos homens – 7,5 anos de estudo contra 7 deles, na média”, salienta Marina Ferro, Assessora Executiva da Diretoria do Instituto Ethos.

Solução
Para Marina Ferro, que atualmente coordena o Grupo de Trabalho de Direitos Humanos do Ethos, a ausência de políticas afirmativas para a igualdade de gêneros é um dos fatores que acaba limitando o espaço feminino nas empresas.  Atualmente, apenas 28,2% das empresas afirmam ter alguma política para promoção de igualdade de oportunidade entre homens e mulheres no quadro de funcionários.

Outro ponto levantado pela pesquisa é a dificuldade de as empresas formularem mecanismos de monitoramento e avaliação do impacto que a diversidade pode trazer aos negócios.

Questão para a qual o Instituto Ethos fornece aos associados os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, dentre os quais destaca-se os Indicadores Ethos-MM360 Para Promoção da Equidade de Gênero. Ferramenta que possibilita às empresas um autodiagnostico sobre como estão atuando neste sentido e a partir de então quais medidas podem ser adotadas para atender as necessidades que precisarão ser implementadas.

“Incentivar a diversidade de gênero e raça é uma estratégia eficaz para a conquista de um diferencial competitivo no mercado. Atualmente as empresas precisam ser parecidas com o Brasil, desenvolver um olhar local, voltado às necessidades da nossa população e isso traz diálogo e inovação”, diz Marina.

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