NOTÍCIAS

Direitos Humanos
Institucional
Gestao Responsavel
Integridade
Ambiental

ETHOS CONFERÊNCIA ETHOS

Última semana da Conferência Ethos aborda o sucateamento da ciência

Diálogos também se voltarão para o futuro pós-COP26 e o impacto social da reciclagem

06/12/2021

Compartilhar

A Conferência Ethos chega a sua última semana. O ano de 2021 foi marcado por diálogos intensos entre especialistas acerca das agendas de atuação do Instituto Ethos, além de engajar diversos atores como lideranças indígenas, terceiro setor, Estado, empresas privadas e tantos outros a falarem coletivamente com o intuito de transformar a sociedade em um local mais justo e sustentável.

A última semana segue com a mesma intensidade da primeira, que aconteceu em maio de 2021. A atividade de abertura abordará os problemas que foram intensificados nos últimos anos no âmbito da ciência e tecnologia. A Conferência também lançará perspectivas para o futuro partindo dos diálogos da COP26.

No último dia do evento, a reciclagem será apresentada para além dos benefícios ambientais, ao explorar a economia circular e como ela se relaciona com os catadores. Por fim, especialistas dialogarão sobre a agenda de integridade e combate à corrupção no Brasil em 2021.

Confira abaixo a programação que irá ao ar no canal do Instituto Ethos no YouTube.

07/12 – 15h: Brasil e o apagão da ciência: há luz no fim do túnel?

O investimento em ciência e tecnologia garante aos países um caminho de desenvolvimento. Países que investem em pesquisa científica apresentam melhor distribuição de renda, têm avanços nas políticas e protocolos de saúde e maior vantagem competitiva, comercial e geopolítica.

A ciência e a tecnologia contribuem para a recuperação em períodos de crise e reconstrução, como esse que vivemos agora com a pandemia de Covid-19. No Brasil, institutos de pesquisa têm funções que vão desde a prestação de serviços de saúde e medicamentos à população com câncer, caso do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) – que responde por 85% do fornecimento de radiofármacos, até serviços meteorológicos, alertas climáticos e monitoramento de queimadas, caso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nos últimos anos, no entanto, o Brasil tem, sistematicamente, desidratado e sucateado os mecanismos de investimento e proteção da ciência e tecnologia. São exemplos recentes desta política o apagão nos servidores e o recente corte no orçamento do CNPq, agora o mais baixo em 21 anos.

Como consequência, o Brasil já sofre com a chamada fuga de cérebros, com o crescimento contínuo de mestres e doutores que deixam o país em busca de investimento em pesquisa e condições de trabalho.

Está em curso uma campanha de desmoralização da ciência, fomentada, em grande parte, por fake news. Segundo um levantamento de 2019, feito pelo Instituto Gallup por encomenda da organização Wellcome Trust, 73% dos brasileiros desconfia da ciência e 23% acredita que a ciência pouco contribui para o desenvolvimento econômico e social do país.

Olhando para o cenário de ciência e tecnologia no Brasil hoje, esperamos falar sobre a importância e a contribuição da pesquisa científica para o país, e também quais são os caminhos para retomar os investimentos, e as políticas que podem acender a luz no fim do túnel, retomar a crescente de investimento vista de 2000 a 2016 e proteger os institutos de pesquisa e a formação e retenção de mestres e doutores, além de garantir os mecanismos de financiamento.

Participante:
Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

07/12 – 17h: Passada a COP26, e agora?        

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em sua 26ª edição, aconteceu em novembro, em Glasgow, na Escócia.

Com o planeta pressionado pela proximidade do ponto de não-retorno, os países discutiram quais são os próximos passos para reverter a escalada de mudança do clima que ameaça a vida e os ecossistemas.

Nesta atividade, Flavia Bellaguarda, coordenadora do The Climate Reality, traz uma breve análise sobre o que representou a COP26 – as principais discussões, a posição brasileira e o que esperar dos países para as ações de mitigação e adaptação para as mudanças do clima.

Participante:

Flavia Bellaguarda, coordenadora de Política e Justiça Climática no The Climate Rality Project Brasil

09/12 – 15h: Braskem oferece: o impacto social da reciclagem             

Esse painel vai abordar um lado pouco falado da reciclagem. O pilar ambiental ganha grande parte da atenção, mas a economia circular e a reciclagem tem um grande impacto na vida de muitas pessoas que são responsáveis por fazer a gestão de até 90% de todo o lixo reciclável no Brasil.

Na indústria da reciclagem do Brasil, os catadores assumem o protagonismo. Seu trabalho tem grande valor ambiental e econômico, uma vez que contribui significativamente para o retorno dos materiais ao ciclo produtivo, economia de energia e matéria-prima, evitando o envio desses materiais a aterros e lixões. Existem 7 mil cooperativas em território brasileiro, nos mais diferentes setores da economia, com 13 milhões de cooperados e 350 mil empregados.

Incentivar a adequada separação desses materiais é apresentado como uma das soluções para melhorar os índices de reciclagem, seja ela feita tanto no momento da geração – educando e conscientização da população – quanto no momento da triagem – aí entram os catadores como protagonistas do processo de reciclagem.

Por isso, se faz necessária a existência de políticas de inclusão social destes agentes na comunidade, uma vez que muitos deles, sem o devido suporte governamental, trabalham em situações de insalubridade em lixões e logradouros públicos. Atualmente, muitas dessas pessoas vivem em condições de vulnerabilidade social, sem o reconhecimento da contribuição dada por eles ao bem-estar coletivo.

Participantes:

João Ceridono, gestor de Construções de Parcerias do Quintessa

Flavia Fuini, Responsabilidade Social Braskem

Roger Koeppl, diretor-presidente da YouGreen Cooperativa

 

09/12 – 17h: Retrospectiva da agenda de integridade, transparência e combate à corrupção no Brasil     

A proposta do painel é trazer reflexões na celebração do dia Internacional do Combate à Corrupção, fazendo uma retrospectiva da agenda de integridade, transparência e combate a corrupção no Brasil. Vamos  os avanços e retrocessos em políticas públicas e no ambiente empresarial até o presente momento, a fim de compreendermos o contexto em que se encontra o sistema de integridade brasileiro no âmbito regulatório e nos esforços multissetoriais, apontando quais as perspectivas para os próximos anos.

Serão levadas em consideração as atuais ações coletivas e engajamento das empresas para a efetivação dos compromissos com a cultura de integridade. Para isso, traremos questionamentos acerca de quais os reflexos que o atual cenário impõe para as empresas no âmbito legislativo (projetos aprovados e em tramitação)? Quais são os estímulos e desafios que permeiam o ambiente empresarial? Quais as preocupações da agenda de integridade em um ano eleitoral?  Quais serão os próximos passos para a evolução da agenda de integridade?

Palestrantes:

Jorge Hage, advogado do Hage e Navarro Advogados

Fernanda Bidlovsky, advogada da Maeda Ayres & Sayrubbi Advogados

Moderação: Felipe Saboya, diretor-adjunto do Instituto Ethos

 

Acompanhe a Conferência Ethos

Consulte a programação da Conferência no site oficial e acompanhe os painéis ao vivo e gravados no canal do Instituto Ethos no YouTube.

 

Por: Lucas Costa Souza, do Instituto Ethos

Foto: Pexels

Usamos cookies para que você possa ter uma boa experiência ao navegar.
Ao usar o site você concorda com o uso de cookies.
Para mais informações, por favor veja nossa Declaração de Privacidade.

CONTATO

© 2016-2021 Instituto Ethos - Todos os direitos reservados.

Usamos ResponsiveVoice - NonCommercial para converter texto para fala.