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Um quarto das mulheres paulistanas já sofreu assédio no transporte coletivo

19/03/2018

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Estes e outros dados foram compilados pela Rede Nossa São Paulo para o Dia Internacional da Mulher

Em comemoração ao mês do Dia Internacional da Mulher, a Rede Nossa São Paulo lançou um compilado das pesquisas “Viver em São Paulo” com foco na situação da mulher paulistana. Os dados trazem luz para a situação de desvantagem da mulher em diversos cenários. No caso dos assédios sexuais, 25% das mulheres declararam já tê-lo sofrido no transporte coletivo. A violência é outro aspecto que desafia a mulher: 1 em cada 3 tem medo de sair à noite e 27% tem medo de sofrer algum tipo de violência sexual, além de sentirem mais medo da violência em geral (62%) que os homens (54%).

O ambiente de trabalho também é um ambiente hostil para as mulheres. 1 em cada 5 disse já ter sofrido discriminação ou preconceito por ser mulher e as mais escolarizadas e que pertencem às classes mais altas são as que mais sofrem assédio no trabalho. Além disso, elas também têm mais dificuldade de encontrar trabalho: entre os 18% dos desempregados paulistanos, quase 60% são mulheres.

Com a maternidade, a situação também piora, como já discutido em artigo anterior (veja aqui). Com a pesquisa, outros dados são acrescentados a esta realidade, entre eles, o de que 3 a cada 10 mulheres não divide a tarefa da criação dos filhos com outras pessoas e a maioria delas é a principal responsável pela criação. É válido ressaltar que o Brasil tinha, em 2015, 5,5 milhões de registros de nascimento em que não constava o nome do pai.

“Os dados da pesquisa reforçam que o mercado de trabalho é muito hostil para as mulheres, como no caso da discriminação ou preconceito em que 1 a cada 5 mulheres diz já ter sofrido. Além disso, a responsabilidade da materninade não pode recair unicamente sobre as mulheres, o que acontece com muitas hoje em dia. Por isso a criação de políticas, tanto públicas como empresariais, com o objetivo de reduzir as desigualdades é essencial para que construamos espaços de presença e de atuação igualitária para as mulheres”, comenta Caio Magri, diretor presidente do Ethos.

 

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Unsplash

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