“A sustentabilidade faz parte da agenda do século 21 e os pequenos negócios precisam estar inseridos nesse contexto”, afirma Luiz Barretto.
A Conferência Ethos 360° está desenvolvendo, em parceria com o Sebrae, uma atividade num modelo bastante original. Trata-se de Desconstruindo a Sustentabilidade – Contando “Causos”, em que o jornalista Dal Marcondes irá narrar histórias de empreendimentos e de empreendedores que alcançaram sucesso utilizando conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento local.
Para falar sobre a Conferência Ethos e comentar o quanto é fundamental para os donos de pequenos negócios a adoção e práticas sustentáveis, convidamos o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. “A sustentabilidade faz parte da agenda do século 21 e os micro e pequenos negócios precisam estar inseridos nesse contexto. A Conferência Ethos é uma grande oportunidade para isso”, disse ele, antes de nos dar esta breve entrevista.
Instituto Ethos: Qual a importância de incentivar as iniciativas sustentáveis nos micro e pequenos negócios em sua origem?
Luiz Barretto: O mercado está cada vez mais atento para a questão da sustentabilidade. Isso implica um novo comportamento para as empresas de todos os portes. O interesse do consumidor por produtos e serviços decorrentes de práticas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas cresce a cada dia em todo o mundo. Essa tendência é irreversível e os donos de pequenos negócios têm que fazer parte dessa nova agenda.
IE: Como a educação e a tecnologia podem estimular uma nova cultura sustentável de consumo?
LB: As ações sustentáveis ainda são pontuais e focadas na otimização dos processos. Entender a sustentabilidade de forma transversal e como estratégia de negócio ainda é um movimento recente, mas os pequenos negócios já percebem a necessidade de se prepararem para isso, até porque o mercado está muito competitivo. E sob esse aspecto, o micro e pequeno empresário pode contar com o apoio do Sebrae. São disponibilizadas soluções e projetos com o objetivo de estimular a gestão para a sustentabilidade e conduzir a práticas mais responsáveis.
A educação e a tecnologia podem estimular essa nova cultura. Ela vai além de adotar novos modelos de negócios: estamos falando de seu incremento, com melhorias e inovação. Não podemos esperar resultados diferentes fazendo da mesma maneira. É claro que não se pode querer mudar tudo da noite para o dia. A mudança tem de ser feita gradativamente.
Por Denise B. Fejgelman, do Instituto Ethos