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Hábitos de pensamento para guiar a tomada de decisões durante a pandemia da Covid-19: Resiliência

A sua organização está melhorando a resiliência diante da pandemia?

Para a elaboração destes artigos adaptei os hábitos de pensamento a partir da sustentabilidade, trazidos no livro O Divergente Positivo, da Sara Parkin, para que possam servir de guia para as decisões tomadas pelas organizações diante da pandemia da Covid-19. São eles: resiliência, relacionamento, reflexão e reverência.

Acredito que é necessário um esforço genuíno das organizações, em meio às adversidades, de refletir se o que dizem e fazem contribui para a resiliência das pessoas; se aprofundam e estreitam os seus relacionamentos; se abordam suficientemente o que era bom ou mau com respeito ao passado a fim de dar os melhores aprendizados sobre o futuro; e se reconhecem a dependência diante do mundo natural e social, que tem mais poder sobre os destinos das organizações do que gostariam de aceitar. E se, em algum momento, esta ou aquela decisão, não está contemplando os conteúdos destes quatro hábitos mencionados acima, então, talvez seja preciso que as organizações se esforcem ainda mais.

Neste artigo traremos a descrição do primeiro hábito de pensamento que é a resiliência.

Resiliência

A sua organização está melhorando a resiliência nas decisões tomadas diante da pandemia, para permanecer forte ou tornar-se ainda mais forte a ponto de superar grandes adversidades e continuar com a sua essência?

A resiliência é a capacidade de um material, sistema ou pessoa suportar choques mantendo essencialmente a mesma função, estrutura, informação e, portanto, identidade. Quanto mais resiliente for uma coisa, maior o choque que poderá absorver sem mudar para um formato diferente do original. Então, o que torna uma organização mais resiliente diante de uma pandemia global como a que estamos vivendo?

A resposta é o número e a qualidade das suas partes interconectadas.

A resiliência, seja de uma pessoa ou de uma organização, depende do número de conexões que elas possuem. No âmbito pessoal, a maioria das conexões será com pessoas próximas como família, amigos, colegas e etc. Assim como no âmbito organizacional, a maioria das conexões será com os seus colegas de trabalho, principais clientes e fornecedores, mas algumas serão com pessoas distantes, talvez do outro lado do mundo, como uma tia que mora no Canadá ou um parceiro comercial em Cingapura, por exemplo.

Uma pesquisa feita por Robert Lane, cientista político da Universidade Yale, revela que, quanto mais conexões uma pessoa tiver, e quanto mais ela reforçar e multiplicar estas conexões, mais ela terá sucesso na superação de períodos difíceis, como é, exatamente, o que a sociedade e as organizações estão tendo diante dos efeitos da pandemia.

A verdadeira resiliência, aquela que reduz a vulnerabilidade das pessoas e das organizações durante a resolução de problemas complexos, baseia-se no número e na densidade das conexões (relações) entre diferentes atores.

No próximo artigo, trarei a descrição do hábito de pensamento: Relacionamentos.

Por: Fábio Risério, sócio diretor da Além das Palavras, consultoria que atua no engajamento estratégico dos temas de Integridade e Sustentabilidade nos negócios e professor das disciplinas de Ética Empresarial e Negócios e Organizações Sustentáveis na FDC, FIA e PUC-Campinas.

Foto: Unsplash

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