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O que move os profissionais que estão à frente das ações de solidariedade das empresas?

Esperança e concretude permeiam os sentimentos de que é possível transformar a nossa realidade

Empresas são feitas por pessoas, elas quem fazem o negócio acontecer. E essas pessoas estão passando por essa crise, tendo que se manter produtivas em meio a tantas incertezas e ao medo de que essa doença possa alcançar seus familiares e amigos. Um estado de espera e apreensão que vi sendo superado por pelo menos uma hora durante a nossa primeira roda de diálogo virtual.

Profissionais de 30 empresas associadas ao Ethos estão engajados e compartilharam as ações de solidariedade e de cuidado com o outro que tem sido realizada por eles e pelas demais pessoas das empresas em que trabalham no enfrentamento da crise. Um brilho no olhar que transmite sensação de orgulho por fazerem parte de um movimento de solidariedade, buscando soluções, reconhecendo a importância e o papel das empresas que representam nesse momento.

Saí dessa roda de diálogo com o coração aquecido e com confiança nessas pessoas que, muitas vezes, tem a difícil tarefa de convencer sobre a importância da empresa se relacionar de forma ética e transparente com seus stakeholders, promovendo o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades. Se sentir contribuindo para algo maior, estar em uma organização que permite e investe nisso, traz a esperança e a concretude de que juntxs podemos transformar a nossa realidade.

E, por isso, o alinhamento dos princípios e valores individuais com os da organização são tão importantes. Em momentos de crise, os valores e princípios das organizações são colocados a prova. Espera-se que eles estejam intrinsecamente ligados ao negócio e que orientem as estratégias, prioridades e ações. Infelizmente, em alguns casos, o que passa a ser definido como prioridade nem sempre considera o que está escrito nos materiais institucionais. As ações em momentos de crise confirmam ou colocam em cheque tais posicionamentos, principalmente quando estão alinhados ao desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. E cada atitude conta. Ações reforçadas e endossadas pela alta liderança no dia a dia dão o exemplo e orientam mais do que palavras.

Acredito que “solidariedade” é uma palavra que deve aparecer pouco nos materiais institucionais, mas que, nesse momento, por conta das pessoas que fazem os negócios acontecerem, tem sido um valor tão praticado sem a necessidade de estar explícita em um papel. E quando a empresa tem seus valores solidificados nos princípios do desenvolvimento sustentável, a atuação desses profissionais no enfrentamento de uma crise totalmente inesperada como essa, são legitimadas, incentivadas, reforçadas e rapidamente viabilizadas.

Ouvir o que tem sido feito, os desafios e a busca por soluções desses profissionais, reforça ainda mais a importância da agenda de desenvolvimento sustentável e o movimento de responsabilidade social empresarial. A prontidão das empresas e de seus profissionais nas ações de solidariedade demonstram o compromisso de nossas empresas associadas com a transformação da nossa sociedade para que ela seja mais justa, sustentável, inclusiva e menos desigual.

Seguimos juntxs no enfrentamento dessa crise, mobilizando pessoas, recursos e trazendo importantes reflexões para o que estamos passando agora e sobre as transformações que faremos acontecer no pós-crise.

Na próxima quarta-feira nos encontraremos novamente na roda de diálogo virtual, nosso espaço de aprendizado coletivo e de soma dos esforços de indivíduos e organizações.

Um abraço, fique bem e até lá!

Por: Juliana Soares, coordenadora de Relacionamento do Instituto Ethos

Foto: Unsplash

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