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Ethos se manifesta sobre medida ilegal da prefeitura do RJ na Bienal

Ação visava censurar livro com demonstração afetiva LGBTI+

No último fim de semana, uma medida ilegal da prefeitura do Rio de Janeiro quis censurar livros que traziam temas ligados a comunidade LGBTI+. Mais do que isso, a ação da prefeitura visava censurar um livro que trazia apenas uma demonstração afetiva.

A ação da prefeitura do RJ, tomada pelo prefeito Marcelo Crivella e legitimada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi sustada por decisão do Supremo Tribunal Federal, que resguardou os princípios constitucionais acerca da igualdade e liberdade.

O Instituto Ethos repudia qualquer ação que vise limitar a liberdade de expressão e práticas com o cunho de fomentar discriminação e preconceito contra qualquer ser humano. O Instituto acredita que uma sociedade mais justa e igualitária só pode existir se a diversidade do ser for respeitada.

Saiba mais informações sobre o episódio e avalie seus conhecimentos sobre a literatura LGBTI+ do Brasil com esse teste do Nexo.

Reiteramos nosso compromisso de respeito e proteção a comunidade LGBTQI+ e destacamos abaixo uma manifestação em forma de dica literária com indicações altamente IMPRÓPRIAS para pessoas preconceituosas:

Flicts – Ziraldo

Neste livro infantil, Ziraldo, autor de “O menino maluquinho”, conta uma história de uma cor que se sentia “diferente”. Livro fundamental para todas as idades.

O azul é a cor mais quente – Julie Maroh

Nessa história em quadrinhos, Julie traz uma história emocionante das descobertas do primeiro amor. Com uma sensibilidade ímpar, a autora nos transporta em seus desenhos para um momento tão importante na vida de duas jovens.

A garota dinamarquesa – David Ebershoff

Esse livro com resquícios autobiográficos, que virou filme indicado ao Oscar, conta a história de um amor que passou por muitas mudanças, incluindo a mudança de sexo por parte do marido, em uma época onde não havia o debate sobre essa questão.

Qualquer Clichê de Amor é Amor

Neste livro da coleção Qualquer Clichê de Amor, oito autores LGBTQIA se aventuram pelo mundo das comédias românticas de Hollywood, inspirando-se em alguns dos filmes mais conhecidos do gênero. Instigando a imaginação, os autores procuram te fazer emocionar, rir e repensar o mundo em que vivemos numa ótica mais colorida.

Orlando – Virginia Woolf

Publicado em 1928, o romance de Virginia Woolf começa quando Orlando, um jovem nobre experimenta seu primeiro amor. O livro debate questões de gênero trazendo de forma inteligente e irônica as ambiguidades da identidade feminina e masculina.

Me chame pelo seu nome – André Aciman

Da série livros que viraram filme, esse livro conta a descoberta das múltiplas formas de sexualidade por um jovem que passava férias com a sua família na Itália. Sensível e envolvente, um livro para emocionar.

Dois garotos se beijando – David Levithan

Nesse livro infanto-juvenil, o dia a dia de adolescentes LGBTQI+ é trazido ao centro da história. A dificuldade de conversar sobre o assunto com pais, amigos e professores está sempre presente, juntamente com o apoio que esses jovens encontram um nos outros.

Singular – Thati Machado

Nesse romance a autora conta a história de Noah, um jovem que nasceu em um gênero que não representava o que ele sentia internamente. Discutindo diversidade e representatividade, o livro também nos brinda com uma sensível história de amor.

Ciranda da Solidão – Mário César

Com muita sensibilidade e através de desenhos lindos, a obra nos conta os desafios vividos pela comunidade LGBTQI+ em cinco histórias sobre personagens homossexuais. A descoberta, o envolvimento, a parceria e a velhice são temas abordados nessa história em quadrinhos.

E se eu fosse puta – Amara Moira

Para fechar, a indicação do livro biográfico da Amara Moira, que debate o processo da sua transição de gênero, os principais desafios que encontrou durante esse processo, o papel que a sociedade condiciona às pessoas trans e a trajetória que a levou a ser uma das primeiras transexuais doutoras do Brasil.

Por: Sheila de Carvalho, coordenadora de Projetos de Direitos Humanos do Instituto Ethos

Foto: Unsplash

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