Tecnologias e serviços são avaliados em evento na capital paulista

O Brasil pode até sofrer com a falta de chuva, mas tem sol em abundância o ano inteiro. Tal característica, por si só, se constitui em forte argumento para a expansão da energia solar no país. “Trata-se de uma tecnologia limpa, sem ruído, de baixa manutenção e alta confiabilidade”, enumerou Gustavo Malagoli Buiatti, presidente da Alsol, durante palestra no painel: “A escala e o mercado da energia solar no Brasil: tecnologias e serviços que podem mudar o mercado”, da qual também participaram Márcio Eli Moreira Souza, engenheiro de Tecnologia e Normalização da Efficientia; Luis Henrique Capanema Pedrosa, gestor executivo de Suprimentos da MRV e Flávia Resende, coordenadora de projetos em práticas empresariais e políticas públicas do Instituto Ethos.

Para reforçar ainda mais sua fala, Gustavo Buiatti salientou que o pior lugar no Brasil para a geração de energia solar, tem capacidade de produzir 30% a mais do que o melhor lugar da Alemanha. Desde 2012, a Aneel oficializou a instalação de placas solares também em residências, favorecendo desta forma a expansão da energia solar no país.

Segundo o presidente da Alsol, a geração distribuída ainda tem um custo elevado no Brasil, podendo, no entanto, em alguns estados da federação, ser mais barata do que a energia oferecida pelas concessionárias. Entretanto, há a necessidade de isenção de ICMS por parte dos estados para a geração distribuída.

“Realmente, estamos no caminho certo e acredito que no futuro as residências deverão dispor dos benefícios da energia solar”, completou Pedrosa, da MRV. Sua afirmação se baseia no fato de que hoje o consumidor está mais consciente de seus direitos e atento aos gastos. Por outro lado, as empresas vêm enfrentando o desafio de capacitar fornecedores para atender essa demanda de mercado.

O engenheiro de Tecnologia e Normalização da Efficientia discorreu também sobre normalizações e as experiências da Cemig na área. Segundo ele, a partir de 2015 houve um avanço da geração distribuída e ampliação das fontes de energia renováveis. Também como incentivo, “os créditos de energia de 36 meses foram estendidos para 60 meses”, disse ele, informando ainda que agora a geração compartilhada já é possível.

 

Por Zulmira Felício, para o Instituto Ethos

Foto: Clóvis Fabiano e Kleber Marques