Em tempos de crise, precisamos ser positivos e olhar para o futuro e para as oportunidades que surgem a cada dia. É isso o que fazem as pessoas visionárias. Empresas são feitas de pessoas e, com o pioneirismo e o empenho de suas equipes, certamente protagonizarão grandes mudanças em escala global.

José Goldemberg, em um artigo de sua autoria escrito para o Estadão, comenta a importância da credibilidade internacional dos países que assinaram o Acordo de Paris e os desdobramentos da COP21 (21ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que aconteceu em dezembro de 2015). O evento trouxe um excelente resultado, no que diz respeito às estratégias de atuação na agenda do clima. A COP21 não apenas traçou um horizonte grande de planejamento, considerando a situação do planeta em 2050, quanto definiu a prioridade das atividades que precisam ser mais estimuladas, o peso que cada país terá no esforço global e quais serão os principais setores a diminuírem sua emissão de gases-estufa.

No entanto, um assunto que ainda não foi solucionado de forma bem-sucedida é o financiamento climático: quanto vai custar? Quem vai pagar? E como? Sem responder a essas perguntas da forma mais clara possível, a implementação das metas apresentadas pelas INDC fica desacreditada.

Investir para descarbonizar
Tentando encontrar soluções, o Instituto Ethos e todas as organizações da sociedade civil integrantes da IEC (Iniciativa Empresarial em Clima) focam desde 2014 seu trabalho na precificação do carbono e nos instrumentos financeiros para a consolidação de uma economia de baixo impacto ambiental. As instituições também vêm acompanhando as ações do Ministério da Fazenda, com o objetivo de definir a forma com que o Brasil investirá em projetos de baixo carbono.

Além disso, o Instituto Ethos iniciou recentemente a construção de um novo grupo de trabalho: Economia para o Desenvolvimento Sustentável. Sua meta primordial é mapear os principais tributos relacionados ao meio ambiente, identificar possibilidades de melhorias e propor novos incentivos para uma economia mais sustentável. Uma reforma tributária poderia trazer consequências positivas para o Brasil, como o aumento do PIB, a geração de emprego e de renda — o que soa como música para os nossos ouvidos na conjuntura atual.

Para conhecer melhor o trabalho do Instituto Ethos na agenda do clima, acesse o site do Fórum Clima. As Conferências Ethos 360° abordarão esses e outros temas do desenvolvimento sustentável. A edição Rio acontecerá em 16 de junho, no Bossa Nova Mall, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o evento será nos dias 20 e 21 de setembro e, em Recife, em novembro.

 

Por Flavia Resende, coordenadora de Práticas Empresariais e Políticas Públicas do Instituto Ethos.

 

Foto: Nick Odle/Flickr