jogos_limposLançado durante a Conferência Ethos 360° Rio de Janeiro, que aconteceu última quinta (16), o documento relata os quase seis anos de história do projeto Jogos Limpos, que veio para promover a transparência e combater a corrupção na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Rio 2016.

Diante da indignação com o descaso em relação às obras realizadas para os Jogos Pan-Americanos 2007, ano em que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo 2014, surgiu a ideia de organizar a sociedade civil para que casos de superfaturamento não se repetissem, possibilitando que os megaeventos esportivos deixassem um legado positivo para a sociedade brasileira. Ainda foram necessários alguns anos e a aprovação no edital do fundo da Siemens Integrity Initiative, em 2009, para que o Instituto Ethos conseguisse com que o projeto Jogos Limpos dentro e fora dos Estádios se tornasse uma realidade.

A iniciativa conseguiu reunir mais de 100 entidades parceiras nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Agora, no final de junho, o Jogos Limpos encerra suas atividades.

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Para celebrar essa data e contar a história do Jogos Limpos, seus erros e acertos, foi elaborada uma publicação de pouco mais de 100 páginas. Ali estão listadas as conquistas do projeto, a assinatura de todos os prefeitos eleitos ao Pacto Municipal pela Transparência, os Indicadores de Transparência Municipal e Estadual, bem como as ações que não deram certo, como a tentativa de implementar um canal de denúncias de corrupção sobre as obras da Copa do Mundo e dos Jogos Rio 2016.

A mobilização em cada uma das cidades-sede, o balanço financeiro e as dificuldades e os acertos destes quase seis anos de projeto são também tema do documento. A publicação traz ainda o legado do Jogos Limpos, como o projeto Cidade Transparente, que continuará realizando avaliações das prefeituras brasileiras, o primeiro acordo setorial entre empresas para criar regras de prevenção ao suborno, o Ética e Saúde, e o engajamento das empresas patrocinadoras esportivas para melhorar as práticas de gestão de entidades esportivas, o Pacto pelo Esporte. Além disso, também há o trabalho de advocacy por leis que ajudam a combater a corrupção, como a Lei de Acesso à Informação, a Lei da Empresa Limpa e a Lei do Lobby. Das três legislações escolhidas como prioritárias pelo projeto Jogos Limpos, apenas esta última não foi aprovada.

Em breve, lançaremos o relatório em inglês, com o objetivo de que essa experiência possa ser replicada em outros países que venham a sediar grandes eventos esportivos.

Confira a publicação do Jogos Limpos