A indústria 4.0 pode acelerar o desenvolvimento de um novo produto, demandando um período mais curto de tempo, economizando e proporcionando processos mais sustentáveis.

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Head da área de Materiais Avançados e Sistemas de Produção da Deloitte Consulting Innovation, Jeff Carbeck foi convidado para falar sobre “A sustentabilidade na indústria 4.0”, durante o primeiro dia da Conferência Ethos 360º. Assunto de pouco conhecimento do público geral, Carbeck iniciou sua apresentação explicando o termo. “O que impulsiona a indústria 4.0 é o desenvolvimento de um novo produto de maneira mais rápida, em um período mais curto de tempo, com economia e um processo mais sustentável”.

Entre os temas relacionados abordados estão: a história e o conceito da indústria 4.0; os fundamentos da estrutura do loop de valor da informação e sua relação com a indústria 4.0; identificação de duas áreas estratégicas: crescimento das oportunidades centrais e operacionais de negócios para os fabricantes criarem tecnologias com a indústria 4.0; e descobrir os principais impactos da indústria 4.0 nas implantações sobre sustentabilidade.

Para ele, há desafios para esta nova forma de se pensar. “Precisamos de pessoas treinadas para essa função. Empresas que estão implementando ou planejando implementar a indústria 4.0 podem enfrentar vários desafios que se relacionam com a gestão, como talento e força de trabalho, propriedade e controle de dados, padrões e interoperabilidade e segurança”, destacou.

Esta mistura de digital e física, segundo ele, torna possível a construção de cadeias de abastecimento mais inteligentes, processos de fabricação, e até mesmo ecossistemas de ponta a ponta. “A fim de realizar plenamente as oportunidades de ambas as tecnologias, físicas e digitais, é fundamental para integrar os dois utilizar informações digitais de fontes e locais ligados para dirigir a fabricação”, disse, complementando que a indústria 4.0 representa uma integração da internet das coisas e tecnologias físicas relevantes, incluindo análises, manufatura aditiva, robótica, computação de alto desempenho, inteligência artificial e tecnologias cognitivas, materiais avançados e realidade aumentada, que completam o ciclo do físico para o digital.

No que se refere a sustentabilidade na indústria 4.0, é esperado para auxiliar nas práticas de fabricação e no aspecto econômico: flexibilidade, produtividade, velocidade e custo. “Os modelos de negócios sustentáveis e redes de criação de valor na indústria transformadora podem ter impacto positivo no ambiente, com boas condições econômicas e sociais. É necessário ter um grupo de indicadores de desempenho, senão não há uma boa maneira de aprová-los. Precisa-se entender como vai ser o processo de sustentabilidade do meu produto”, finalizou.

 

Por Júlia Ramos, para o Instituto Ethos.

 

Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes