Para impactar positivamente as comunidades onde estão instaladas, as empresas têm grande trabalho pela frente. O mais importante é saber ouvir os locais.

Realizar trabalhos locais é desafiador para as organizações que têm como objetivo ajudar no desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão inseridas. De um lado, as lideranças querem ver resultados no investimento. Do outro, a população tem grande expectativa de melhorias em sua vida cotidiana. Adequar o timing da comunidade e da empresa é importante e sensível para quem está in loco.

Os debatedores da mesa “O investimento das empresas na promoção do desenvolvimento sustentável local – especificidades, oportunidades e desafios”, que ocorreu no segundo dia da Conferência Ethos 360°, em São Paulo, pontuaram os entraves da questão e como lidar com a parte política envolvida nisso. Uma convicção comum da Klabin, do Instituto Lina Galvani e da Suzano Papel e Celulose é de que deve haver a articulação de todos os atores necessários para as mudanças, e não ter apenas ações isoladas, já que isso não transforma as pessoas. Assim, a busca deve ser de uma construção coletiva que envolva a sociedade civil, o governo e a iniciativa privada, de modo que tenham o mesmo peso.

Uma maneira apontada por Judi Cavalcante, fundador e sócio-diretor da Avesso Sustentabilidade, Ana Paula Soares, coordenadora da Suzano Papel e Celulose, Tatiana Mischan, gerente corporativa do Instituto Lina Galvani, e Josué da Silva Vargas, gerente industrial das unidades de Santa Catarina da Klabin, é a criação de fóruns de discussão. Assim, demandas podem ser levantadas, encaminhadas e realizadas por meio de um processo de participação e escuta de todos.

 

Por Maíra Teixeira, para o Instituto Ethos.

 

Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes