O anúncio foi feito no dia 18/6, durante coletiva entre a FIFA e o GBCI. O Brasil está entre os países que mais têm projetos com o selo Leed.   

Seis estádios da Copa do Mundo receberam a certificação Leadership in Energy & Environmental Design (Leed), o selo de maior reconhecimento internacional sobre práticas de construção ambientalmente responsáveis. A reforma do Mineirão, em Belo Horizonte, conquistou a mais alta categoria de certificação – a Platinum. Quatro arenas receberam certificação Leed Silver (Maracanã, Fonte Nova, Arena Amazônia e Arena Pernambuco), enquanto o estádio de Fortaleza recebeu a certificação simples.

Concedida pelo Green Building Council Institute (GBCI), a certificação Leed busca otimizar o uso dos recursos naturais e promover estratégias de regeneração e restauração, minimizando as consequências ambientais e para a saúde humana da indústria de construção.

O anúncio das certificações foi feito no dia 18/6, durante uma coletiva entre a FIFA e o GBCI. O Brasil está entre os cinco países que mais têm projetos com o selo Leed.

Entre os itens avaliados estão o reaproveitamento dos resíduos gerados pela obra, a redução do consumo de água tanto durante a construção quanto com o equipamento em funcionamento e a preferência para a compra de materiais de fornecedores locais.

No Mineirão, por exemplo, o reaproveitamento dos resíduos gerados pela obra foi de 90%. O concreto demolido foi transformado em brita a ser utilizada na pavimentação de ruas de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A terra foi utilizada para fazer o aterro do Boulevard Arrudas, no centro da capital mineira. Já a sucata metálica foi toda doada a usinas recicladoras, para emprego na indústria. Os antigos assentos também receberam destinação ecológica. Cerca de 55 mil cadeiras foram doadas a estádios e outros espaços esportivos do Estado. No Mineirão, a obra também contempla um reservatório com capacidade para 5 milhões de litros de água de chuva, para ser utilizada em serviços de manutenção do estádio, como a irrigação do gramado e o abastecimento de mictórios, suportando até três meses de estiagem.

Na Arena Fonte Nova, por sua vez, 20% dos produtos empregados na construção eram de material reciclado, 75% dos resíduos do projeto de construção foram reaproveitados e 35% da energia são provenientes de fontes renováveis, como a solar e a eólica.

Em Porto Alegre, a Arena do Grêmio, que não recebeu jogos da Copa 2014, também foi contemplada com o selo recentemente.

Por Pedro Malavolta, do Instituto Ethos