Em 11 de junho, o Instituto Ethos realizou a 2ª Reunião dos Grupos de Trabalho de Direitos Humanos e Meio Ambiente de 2025, em formato híbrido, a atividade aconteceu na sede da nossa associada, Fundação Bunge. Com sala cheia, o encontro foi um espaço potente de diálogo sobre os impactos do racismo ambiental e as responsabilidades do setor empresarial na construção de soluções justas e sustentáveis.
A abertura institucional foi conduzida por Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, que destacou a importância de levar o tema para o centro das estratégias empresariais e de compreender a crise climática como um fenômeno que exige ação imediata e integrada por parte do setor empresarial.
Em sua fala, indicou o Protocolo da Ação Empresarial em Extremos Climáticos e Justiça Socioambiental, publicação desenvolvida pelo Instituto Ethos que estimula as organizações a reconhecerem os impactos dos eventos extremos na sociedade e nos negócios, articulando estratégias de adaptação, mitigação e justiça socioambiental. A iniciativa reforça que a transição climática só será eficaz se caminhar lado a lado com a equidade e os direitos humanos.
As reflexões do encontro foram conduzidas por Patrícia Garrido, líder de Projetos e Serviços do Ethos e contou com a participação de Naira Santa Rita, coordenadora de Justiça Climática e Amazônia da Oxfam Brasil, e Rogger Barreiros, analista de Socioeconomia e Finanças do Clima do WRI Brasil.
Com base em dados alarmantes sobre os efeitos atuais da crise climática no Brasil, Naira reforçou a urgência de compreender a emergência climática como uma crise de direitos humanos. “Os que menos contribuem com as mudanças climáticas são os mais afetados. O racismo ambiental é uma realidade e as empresas precisam se perguntar: quantos dos atingidos estão em seus quadros de colaboradores?”, provocou.
Já Rogger apresentou o Arcabouço de Justiça Climática para o Brasil, desenvolvido pelo WRI Brasil. A proposta traz um conjunto de princípios e parâmetros para orientar políticas públicas e ações privadas que combinem ação climática e desenvolvimento sustentável. “A lente de justiça climática precisa ser aplicada como forma de garantir valoração social de ações que tem importância para a sociedade. Nosso objetivo com esse arcabouço é a de oferecer uma base robusta e flexível para que isso aconteça com foco nos diferentes contextos brasileiros”, explicou.
A iniciativa integra o compromisso do Instituto Ethos de promover o diálogo qualificado e a construção coletiva de soluções que enfrentem os desafios socioambientais com equidade e responsabilidade.
Esta atividade também é parte do projeto AFD: Promoção de Direitos à Defensores (as) Ambientais, uma realização coletiva entre o Instituto Ethos, Transparência Internacional Brasil, Instituto Centro de Vida, Operação Amazônia Nativa e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, e financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento.
Esse é um dos benefícios exclusivos para as empresas associadas ao Instituto Ethos. Para parte dessa rede e participar dos nossos Grupos de Trabalho, associe-se: www.ethos.org.br/associe-se