Empresas que fazem parte do GT Empresas e Direitos Humanos discutiram caminhos possíveis

Sua empresa defende os direitos humanos? Tem iniciativas que promovam a inclusão e a diversidade? Mas, como saber se as ações estão sendo efetivas e como medir seu impacto? Esta última pergunta foi o desafio lançado às empresas que fazem parte do GT Empresas e Direitos Humanos, signatárias da Carta Empresarial pelos Direitos Humanos e pela Promoção do Trabalho Decente. No último encontro, que ocorreu no dia 21 de agosto. As empresas se reuniram a fim de discutir soluções para mensurar os compromissos assumidos na carta em questão.

O caminho proposto foi utilizar alguns indicadores dos guias temáticos de gênero, raça e os próprios Indicadores Ethos. As empresas vão preencher ao total 15 indicadores, sendo 12 provenientes do guia temático de gênero e os outros relacionados a questões raciais e de direitos humanos na cadeia de valor. Esta escolha foi feita pela experiência do Ethos em acompanhar a discussão da diversidade dentro das empresas, que geralmente começa com as questões de gênero e acaba por despertar para as outras temáticas. Com o avanço do desempenho das empresas nos indicadores selecionados, o grupo tem como objetivo reavaliar quais estão em uso e avançar para outras temáticas da diversidade.

“Esta é uma oportunidade para que as empresas consigam mapear seu desempenho nas questões de direitos humanos, traçar metas coletivas para avançar nesta agenda e influenciar tanto sua cadeia de valor, quanto o próprio mercado”, pontuou Juliana Soares, coordenadora de gestão para o desenvolvimento sustentável do Instituto Ethos, responsável por conduzir a dinâmica do encontro.

Durante o momento de troca, cada participante escolheu um dos indicadores e debateu em pequenos grupos os pontos relevantes a serem melhorados de cada medida de mensuração. Entre as pontuações, o grupo considerou importante levar em consideração a forma como a companhia acolhe a diversidade, em especial como ela se comunica internamente sobre a temática e o incentivo e treinamento da equipe de seleção para as questões de diversidade, a fim de mitigar os vieses inconscientes.

A importância desta temática foi lembrada pelos participantes do encontro. “O fato de algumas empresas estarem preocupadas e discutindo esta temática é um sinal de que novos tempos virão. Ainda que o espaço para o avanço seja enorme, os pequenos passos são necessários. Mostra que as organizações reconhecem que precisam colocar em pauta este diálogo, tratar estas questões e se mostrarem abertas para promover um ambiente no qual a diversidade seja acolhida e possa se desenvolver, proporcionando novas oportunidades de construção de uma sociedade mais justa e menos desigual”, pontou Helena Kerr do Amaral, da LiDiversas Consultoria.

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Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Rawpixel – Unsplash