Reforma do sistema político, implementação da PNRS, reforma tributária e capacitação da gestão pública foram algumas das propostas.
Nos dias 24 e 25 de março, cerca de 100 representantes de entidades da sociedade civil organizada participaram de um encontro promovido pela Fundación Avina em São Paulo. Entre as organizações presentes estavam o Instituto Ethos, a Repórter Brasil, o Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Conectas Direitos Humanos e o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), além de movimentos de catadores de material reciclável, de combate à corrupção eleitoral e por cidades justas, democráticas e sustentáveis.
Com o objetivo de definir um posicionamento em relação às eleições deste ano no Brasil, o encontro buscou avaliar a conjuntura política e as oportunidades para as causas que a Avina e seus parceiros impulsionam no país.
Foram elencadas oito propostas prioritárias: reforma política, implementação da PNRS, reforma tributária, capacitação da gestão pública, gestão sustentável dos ambientes aquáticos, fomento aos negócios justos e sustentáveis, investimentos em energia e participação social por meio de ferramentas da internet.
Segundo Gláucia Barros, diretora da Fundación Avina no Brasil, essas e outras propostas que já se encontram em discussão no país, como a plataforma por cidades sustentáveis, agregam conteúdo ao debate político e articulam forças da sociedade civil para uma incidência mais assertiva na esfera pública.
O próximo passo será organizar as formas de posicionamento desses temas no cenário eleitoral, buscando uma comunicação fluida com os candidatos à Presidência da República, governos estaduais e parlamentos, e também com o eleitorado. “É preciso reconhecer que essas questões não estão na agenda pública como componentes de uma estratégia para a melhoria da qualidade de vida para todos de forma sustentável. A Avina e seus parceiros têm um trabalho hercúleo a fazer no sentido de promover essa conexão e assim mobilizar mais atores”, conclui Gláucia.
O encontro também celebrou os vinte anos da Avina, que vem fomentando processos colaborativos de impacto em mais de 21 países da América Latina, entre os quais o Brasil. A valorização e ampliação de bens públicos e a transição para uma nova economia que, ao mesmo tempo, preserve o meio ambiente e contribua para o progresso social desses países são as duas principais transformações que a organização busca alcançar nos próximos anos.
Por Adriana Torres (Avina)