Flavia Resende, André Nahur e Katerina E. Trostmann estiveram na Conferência Ethos 360° para falar sobre as verbas disponíveis para superar um dos maiores problemas da humanidade.
O aquecimento global é uma questão urgente e os países precisam se empenhar para que o planeta não esquente 1,5°C nos próximos anos. Diversos estudos apontam fracassos na mitigação e adaptação à mudança do clima, migrações voluntárias e crises hídricas. Na mesa “Financiando o futuro: os fundos de adaptação à mudança do clima”, Flavia Resende, coordenadora de Políticas Públicas do Instituto Ethos, André Nahur, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, e Katerina E. Trostmann, analista do World Resources Institute (WRI), dialogaram sobre a necessidade crescente de dar atenção ao tema.
Atualmente, 91 fundos de investimentos têm recursos e querem aportar em ações, segundo dados do Inventário de Fundos Climáticos, apresentado por Nahur. “O aquecimento já está chegando gravemente no setor produtivo. No Brasil, todo o setor de café pode ter de se deslocar para a região sul. Precisamos pensar na urgência climática, casando o financiamento da mitigação e adaptação nas cadeias produtivas. Os fundos estão disponíveis e podem fazer do futuro algo possível”.
Os especialistas disseram que é preciso se organizar para acessar as verbas e que é essencial construir uma agenda que pense a mitigação e a adaptação de modo acoplado, pois as ações e soluções devem sempre andar juntas. Por outro lado, empresas devem se unir para construir iniciativas de combate ao aquecimento global. “As organizações que não compartilharem conhecimento vão perder oportunidades, pois o que as move é o capital. Se adaptar hoje para continuar produzindo é vital para as companhias e urgente para o planeta”.
Por Maíra Teixeira, para o Instituto Ethos.
Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes