Evento vai ocorrer no próximo dia 11/11 em São Paulo e é aberto ao público
O Fórum Clima – Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas realizará, no próximo dia 11 de novembro, das 8h às 13h, na capital paulista, o seminário “Balanço das ações das empresas do Fórum Clima – 2014”. O objetivo é analisar o andamento da implementação da Política Nacional de Mudanças do Clima (PNMC) e debater o papel do país nas negociações do novo acordo climático global.
Aliás, o papel do Brasil será discutido logo no primeiro painel do dia, que vai das 9h às 10h30 e terá a participação de Carlos Klink (do Ministério do Meio Ambiente), Everton Lucero (do Ministério das Relações Exteriores) e de Rodolfo Godinez Rosales, diretor de Meio Ambiente da Secretaria de Relações Exteriores do México.
O seminário conta também com a presença especial de Isabel Studer, diretora do Instituto de Sustenbilidade Global da EGADE Business School Tecnológico de Monterrey (Tec Monterrey).
Por que a presença de especialistas mexicanos neste seminário?
Porque o país já vem adotando medidas importantes, como imposto sobre emissões e mecanismo de REDD para evitar desmatamento. Como o Brasil ainda discute reforma fiscal, a experiência mexicana pode representar uma boa contribuição para os debates no Brasil.
É sobre esta experiência que Rodolfo Godinez Rosales vai falar.
Metas de redução de GEE
Em sua Ley General de Cambio Climático, o México assumiu uma meta de redução de 30% com relação à sua linha de base para 2020 e redução de 50% até 2050, com relação às emissões liberadas em 2020. O país afirma que as metas serão atingidas por conta da reforma energética e do manejo de resíduos sólidos municipais.
Assim como o Brasil, o México também está desenvolvendo um processo de consulta à sociedade civil para elaborar suas contribuições que serão enviadas à Organização das Nações Unidas (ONU) como propostas desse país para o novo acordo climático global a ser definido em 2015 e entrar em vigor em 2020.
Com relação às medidas de adaptação, no curto prazo, o país irá priorizar as áreas e populações mais vulneráveis, fazendo uso de políticas públicas relacionadas especialmente à área de saúde. No médio prazo, o país irá focar em gerenciamento de riscos e mapeamento e gerenciamento territorial. O México irá também investir em sistemas de pagamentos por serviços ambientais, assim como redução do desmatamento pelo mecanismo conhecido com Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD – pagamento para as comunidades que garantem a permanência da floresta em pé) e o REDD+ (que também remunera pelo manejo sustentável das florestas e pela conservação delas).
No longo prazo, o México irá investir no gerenciamento de ecossistemas, cidades e infraestrutura altamente resilientes (que conseguem se recuperar de grandes impactos de maneira eficiente).
Serviço
O quê: Seminário Balanço das Ações das Empresas do Fórum Clima – 2014
Quando: 11 de novembro
Horário: das 8 às 13h
Onde: Hotel Transamérica Prime International Plaza
Alameda Santos, 981 – São Paulo
Programação
8h Inscrição e café de boas-vindas
8h45 Abertura institucional (Instituto Ethos)
9h A Política Nacional sobre Mudança do Clima e o papel do Brasil em novo acordo climático global
Carlos Klink, secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente; Everton Lucero, chefe da Divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Ministério das Relações Exteriores; Rodolfo Godinez Rosales, diretor de Meio Ambiente da Direção Geral para Temas Globais da Secretaria de Relações Exteriores do México
10h30 Coffee break
10h45 A experiência do Fórum Clima: as ações das empresas para promoção de atividades de baixo carbono
Apresentação de 4 casos de práticas empresariais das empresas do Fórum Clima (empresas confirmadas – Natura, Odebrecht, CPFL e Santander)
12h Palestra especial
A dra. Isabel Studer, diretora do Instituto Global de Sustentabilidade – EGADE Business School Tecnológico de Monterrey
13h Encerramento do evento
Para participar do seminário, aberto ao público, basta se inscrever aqui.
Por Flávia Rezende, do Instituto Ethos