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Aniversário da Lei de Cotas é destaque na Conferência Ethos

CPI e modelos de organização de trabalho também foram abordados por especialistas

30/07/2021

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A última semana de julho foi recheada de conteúdos na Conferência Ethos! No dia 24/07, a Lei de Cotas comemorou o seu aniversário de 30 anos e os ganhos que a sociedade obteve desde a sua promulgação foram muitos. A data não poderia passar de forma despercebida, então  o Instituto Ethos convidou especialistas para analisar a importância e os benefícios que foram obtidos por meio da lei.

Ainda na programação desta semana, Rubens Glezer explicou o funcionamento de uma CPI, e Nadiane Kruk, comentou sobre novos modelos de organização do trabalho. Todo este conteúdo está disponível e pode ser acessado a qualquer momento, em qualquer lugar, pelo canal do Instituto Ethos no YouTube!

Conheça os destaques:

Como funciona uma CPI?

 

Rubens Glezer

Assista ao painel

Uma das ferramentas legais mais faladas dos últimos meses é a Comissão Parlamentar de Investigação (CPI). Muito se especula sobre as suas possibilidades de atuação, algumas pessoas a enxergam como salvação imediata, enquanto outras afirmam que “tudo acaba em pizza”. Rubens Glezer, professor da graduação da FGV Direito SP, traz luz ao tema ao apontar as competências reais de uma CPI.

“As CPIs servem para trazer determinados fatos à luz. A evidenciar uma pauta e criar através do seu enorme poder de constrangimento, de visibilidade e de debate público. Serve para permitir das duas uma: que os órgãos de investigação e controle tenham suporte para enfrentar interesses poderosos ou permitir a responsabilização política e eleitoral, inclusive, de determinados agentes. Isso não é pouco!”, explicou Glezer.

A adesão ao home office e a oportunidade de rever os modelos de organização do trabalho

 

Nadiane Smaha Kruk

Assista ao painel

Nadiane Kruk, escritora, pesquisadora e membro voluntário na Comuna de Erzhausen, compartilhou a sua experiência pessoal ao se mudar do Brasil para a Alemanha, onde percebeu as diferenças nos modelos organizacionais de trabalho. Ela contou que, diferente do que ocorre no Brasil, na Alemanha é comum um dos pais (na maioria das vezes, as mulheres) trabalhar em tempo parcial, tendo assim, mais tempo para cuidar dos filhos. “Esse modelo corresponde a 69% das famílias alemãs, que podem chegar de 15 a 20 horas de trabalho. Às vezes, dois dias da semana” contou Nadiane.

Apesar da flexibilidade do horário ser algo positivo, Kruk também apresentou pesquisas que apontam para o aumento da diferença salarial entre os gêneros a partir do primeiro filho. Ademais, a escritora comentou sobre as dificuldades em encontrar vagas de trabalho de meio período compatíveis com a sua formação, por possuir nível superior.

 Lei de Cotas – 30 Anos: o que podemos comemorar?

 

Thamara Alencar, Milena Buosi e Djalma Scartezini

Assista ao painel

O objetivo do painel foi discutir a importância e os benefícios da Lei de Cotas nos seus 30 anos de existência. Djalma Scartezini, diretor da Rede Empresarial de Inclusão Social e mediador do diálogo, iniciou o painel contando sobre a importância do Brasil no campo da inclusão.

 

“O Brasil é um exemplo global no tema da inclusão, e os países da América Latina, como Chile e Argentina, estão bebendo dessa fonte começando novas legislações.”
Djalma Scartezini

 

Milena Buosi, gerente de Diversidade e Inclusão na Natura, comentou sobre como é crucial promover políticas que diminuam as desigualdades sociais na América Latina, e reafirmou o compromisso da Natura em defender os direitos humanos, a equidade e inclusão em toda a rede. A gerente também se posicionou sobre a importância da criação de mecanismos legais para a promoção de direitos: “Eu gosto de imaginar que um dia não vamos precisar de leis para decidir o que é certo e que não vamos precisar de áreas de diversidade nas empresas para impulsionar aquilo que é justo. Mas, é um sonho meu.” e concluiu ao dizer: “enquanto ainda não temos essa maturidade social empresarial, temos que colocar muita energia para garantir os avanços e oportunidades para todas as pessoas.”

Também foi destaque a importância das empresas se posicionarem frente às questões sociais. Os diálogos convergiram para apontar a importância das empresas em atuar como agentes de transformação social. “Se a sociedade não está inclusiva, muitas vezes este movimento [de não inclusão] acontece pelas empresas”, disse Thamara Alencar, analista de Diversidade na Accenture Brasil, que finalizou o painel ao trazer a reflexão:

 

“As empresas muitas vezes tem medo de começar, e dizem que só contratarão quando todas as acessibilidades estiverem prontas. Comecem. Contrate uma pessoa e traga essa pessoa para desenvolver junto. Forme grupos de discussões que possam ajudar a desenvolver o tema na sua empresa.”
Thamara Alencar

 

Conferência Ethos

Acompanhe a discussão completa da Conferência Ethos através do canal do Instituto Ethos no YouTube e consulte a programação pelo site oficial.

Por: Lucas Costa Souza, do Instituto Ethos

Foto: Pexels

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