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Como podemos frear o ecocídio reafirmado em relatório do IPCC?

Conferência Ethos analisa questão ambiental em semana que novo relatório do IPCC é lançado

10/08/2021

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O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) lançado nesta segunda-feira, dia 09 de agosto, continua nos alertando sobre as catastróficas consequências da elevação média das temperaturas no planeta. Conforme a primeira parte do sexto relatório do IPCC, algumas consequências das mudanças climáticas já são irreversíveis e a influência humana é responsável pela alta de 1,07°C na temperatura global.

Somente reduções drásticas nas emissões de CO2 ainda nesta década podem impedir que a temperatura média alcance níveis desastrosos. O que chama a atenção é que este é o último documento publicado num momento em que ainda temos uma chance de evitar as piores consequências de um colapso climático. A alta de 1,5°C a 2°C será vista ainda neste século se não houver profunda redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Atenta a essa questão, a Conferência Ethos 360º, que se mantem atual por sua essencial, aborda nessa semana o termo ecocídio, refletindo sobre o relatório do IPCC. Todos os diálogos ficam disponíveis no canal do Ethos no YouTube.

IPCC na Conferência Ethos

O termo ecocídio se refere a qualquer destruição em larga escala do meio ambiente e de nosso planeta. A Conferência Ethos explica o ecocício e como podemos atuar frente a essa questão, a partir de análises exibidas em atividades nesta terça-feira, dia 10, e no dia 12/08, a partir das 15 horas.

A entrevista com Jojo Mehta, da Stop Ecocide, fala sobre: O ecocídio e o Estatuto de Roma, observando o conceito e a definição jurídica do crime de ecocídio, sobre o histórico de debates para promoção, reconhecimento e inclusão da tipificação penal como um quinto crime contra o conjunto da humanidade e o planeta, ao corpus jurídico das Nações Unidas e do Estatuto de Roma,

Já na quinta-feira, de forma a manter o diálogo sobre as leis ambientais em voga, teremos: Atos Infralegais e Recuos na Legislação Ambiental, abordando os 57 atos assinados pelo governo federal que aumentaram a desmobilização de estruturas do meio ambiente no Brasil, sobretudo durante a pandemia, e como esses efeitos reverberam na proteção dos biomas brasileiros e o modo de vida das populações tradicionais e indígenas.

E também, às 16h40, o diálogo Ecocídio e o cenário da proteção ambiental internacional – Como pode afetar o Brasil e sua política externa?, cujo objetivo é promover uma reflexão sobre a jornada e mobilização social internacional para o reconhecimento e inclusão do ecocídio ao corpus jurídico das Nações Unidas e aos Estatuto de Roma, destacando as mudanças que sinalizará para a agenda climática, para os movimentos de reparações e justiça ambiental e para frações da indústria.

Sobre o IPCC

O IPCC foi formado em 1988. Reúne alguns dos principais cientistas climáticos do mundo: foram 234 pesquisadores de 66 países, incluindo o Brasil. Sua missão é de preparar abrangentes relatórios com base no conhecimento acadêmico disponível sobre o clima para embasar ações políticas. A cada sete ou oito anos um novo relatório é publicado e reúne trabalhos de centenas de cientistas e milhares de estudos.

Neste sexto relatório destaca-se que é a primeira vez que o IPCC quantifica a responsabilidade das ações humanas no aumento da temperatura na Terra. “Muitas das mudanças observadas no clima não têm precedentes em milhares, centenas de milhares de anos. Algumas das mudanças – como o aumento contínuo do nível do mar – são irreversíveis ao longo de centenas a milhares de anos”, aponta o relatório em um dos pontos do documento nomeado “Climate Change 2021: The Physical Science Basis“, que apresenta ainda os seguintes destaques:

  1. Papel da influência humana no aquecimento do planeta é inequívoco e inquestionável;
  2. Mudanças recentes no clima não têm precedentesao longo de séculos e até milhares de anos;
  3. Todas as regiões do globo já são afetadas por eventos extremoscomo ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocadas pelo aquecimento global;
  4. Cada uma das últimas quatro décadas foi sucessivamente mais quentedo que qualquer outra década que a precedeu desde 1850;
  5. Temperatura vai continuar a subiraté meados deste século em todos os cenários projetados para as emissões de gases de efeito estufa;
  6. Aquecimento de 1,5°C a 2°C será ultrapassado ainda neste séculose não houver forte e profunda redução nas emissões de CO² e outros gases de efeito estufa
  7. Reduções fortese sustentadas na emissão de dióxido de carbono (CO²) e outros gases de efeito estufa ainda podem limitar as mudanças climáticas;
  8. Caso as reduções ocorram, ainda pode levar até 30 anos para que as temperaturas se estabilizem.

 

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Pexels

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