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CONFERÊNCIA ETHOS

Conferência Ethos 2020 dialoga sobre racismo científico

Quais as perdas com a não valorização da produção científica de negras e negros?

22/07/2020

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Quanto podemos ganhar ao considerar a produção científica de negras e negros? A resposta é fácil: a diversidade garante mais pluralidade e inovação. Então, por que poucos se beneficiam desses resultados e do sucesso na carreira de pesquisador e cientista, como os grupos majoritários, como os homens brancos? Essa é a questão que irá permear o diálogo: “O paradoxo diversidade-inovação e a representatividade de negros e negras na ciência e tecnologia”, que acontece nesta quinta-feira, 23 de julho, no canal do Ethos no YouTube.

Guimes Rodrigues Filho, professor da UFU e Lis Ingrid Custodio, professora da UERJ, irão explanar sobre a extensão dos desafios que cientistas negras e negros enfrentam no contexto atual e o quão importante é apoiar e ampliar a representatividade de negras e negros na ciência e na tecnologia, nos centros de pesquisas públicos e privados. 

Os porquês da exclusão

Carlos Machado, mestre em História Social pala USP, que atua como pesquisador, articulista, palestrante e educador, escreveu um artigo, publicado no portal Geledés, intitulado: Ciência Negra para a descolonização do saber, em que lista vários elementos que ao longo da história explicam – não justificam – a desvalorização de negras e negros como seres atuantes no ramo da ciência e tecnologia. “E os negros não são inteligentes? A escravização promovida pelos brancos cristãos foi fundamental neste processo de não acreditarmos no nosso potencial negro humano de produzir o novo. Mas, mesmo diante da hegemonia branca, a nossa gente não deixou de inventar e inovar. A questão é que esta genialidade foi omitida e consequentemente não divulgada como deveria ser em uma sociedade que diz não ver a cor da pessoa e sim o mérito”, explicou Machado em um dos trechos do texto.

O chamado racismo científico é o que motiva, segundo o autor, que “no imaginário coletivo a imagem de gente bem-sucedida na ciência está reservada ao amarelo (japonês, coreano e chinês) e em segundo lugar para o branco, não tendo espaço para o negro”. E, o historiador ainda acrescenta que “esta visão está ancorada na visão dos racistas científicos europeus famosos desde o século 18, como Carl Linnaeus, Voltaire, Hegel, Schopenhauer, Auguste Comte, David Hume, Charles Darwin entre outros”.

No artigo, há vários exemplos de negras e negros que conseguiram ultrapassar os obstáculos da cor e entregar à humanidade inventos indispensáveis, por mais que a estes, não fosse dado o devido reconhecimento.

Saiba mais sobre essa questão no painel que acontece às 19h30, como parte integrante da Conferência Ethos 2020, totalmente gratuita e virtual. Acesse a programação do dia em: www.conferenciaethos.org

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto:  Unsplash

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