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CONFERÊNCIA ETHOS

Desenvolvimento da Amazônia e preparação para a COP-30 são destaques da CE Belém

 Evento, que celebra os 25 anos de atuação do Instituto Ethos, reuniu cerca de 300 pessoas em torno de 18 atividades que ocorreram em três palcos simultâneos

19/09/2023

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A cidade de Belém (PA) recebeu nesta segunda-feira, 18 de setembro, a quarta edição da Conferência Ethos 360° de 2023. O evento, realizado no Complexo da Estação das Docas, promoveu um dia de debates sobre o desenvolvimento social e econômico da Amazônia e a preparação de Belém para receber a COP-30, em 2025, além de discutir a importância de preservar a floresta em pé e proteger suas comunidades.

Distribuída entre três palcos simultâneos, a Conferência Ethos 360° Belém abriu com o painel que reuniu o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, Andréa Álvares, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, e Hermógenes Sá de Oliveira, diretor executivo do Instituto Peabiru.

O prefeito de Belém destacou a importância da bioeconomia para o desenvolvimento da região, além da relevância para a cidade em sediar a COP-30. “A COP não vai discutir só questões ambientais sobre o Brasil, é uma oportunidade para Belém também, para ajudar a cidade e os cidadãos a se prepararem para o futuro aproveitando todo o potencial que Belém tem, inclusive do ponto de vista da bioeconomia”, ressaltou Edmilson Rodrigues.

Já o presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, lembrou que a instituição, que completa 25 anos em 2023, definiu como tema central para os próximos anos o combate às desigualdades, um desafio histórico para o Brasil. “Quando falamos em desigualdade, infelizmente a região Norte possui os piores indicadores do País. Porém, atualmente temos dados e informações que podem e devem ser usados para melhorar esse cenário. Não podemos chegar em 2025 com os mesmos indicadores que a região possui atualmente”.

Pacto Nacional pelo Combate às desigualdades

No fórum com o tema O papel das organizações da sociedade civil e entidades na construção do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades participaram novamente Caio Magri, Edmilson Rodrigues e Andréa Álvares, além de Júlio Barbosa, presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), e Renata Boulos, coordenadora executiva da Ação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD).

Andréa Álvares abordou o Guia para Empresas: Como Combater as Desigualdades no Brasil, elaborado pelo Instituto Ethos e lançado em agosto, que reúne dez iniciativas efetivas para que as empresas no país exerçam papel de protagonismo no enfrentamento às desigualdades. “Não podemos viver com tamanha desigualdade levando em conta a potência que o Brasil tem em diferentes segmentos, como é o caso do setor agrícola e da agropecuária, por exemplo”, complementou a executiva. Já o prefeito de Belém destacou a importância das políticas municipais para contribuir com a formação, emprego e geração de renda da população.

Guardiões da floresta

Outro debate de destaque realizado durante a Conferência Ethos 360° abordou a atuação dos povos indígenas, defensores da floresta amazônica, e os desafios enfrentados por essa população. O fórum Guardiões da floresta em pé – luta, ameaças, desafios e conquistas contou com a participação de Caetano Scannavino Filho, coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria (PSA), Jaciara Borari, liderança indígena do Tapajós, e Neidinha Suruí, coordenadora de Projetos da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé.

Caetano Scannavino Filho destacou em sua participação a necessidade de promover mais segurança para os defensores da floresta e os números alarmantes que o Brasil possui. “Um a cada cinco assassinatos acontecem no Brasil. Um a cada três é na Amazônia. O Brasil está entre os países que mais matam defensores da floresta no mundo. Essa luta não pode ser em vão, todos os dias isso acontece. Quem luta pelo planeta infelizmente está condenado à morte”, ressaltou.

Neidinha Suruí reforçou os dados apresentados e contou que convive com esse cenário diariamente. “Infelizmente essa é nossa vida. Na última semana, por exemplo, eu precisei sair da minha própria casa para não tomar um tiro. Na Amazônia nós vivemos uma guerra invisível. Precisamos nos unir, indígenas, negros e amarelos, para sair dessa situação”, destacou. Jaciara Borari contou sobre o musical Suratas do Tapajós, feito somente por mulheres indígenas, e como essa iniciativa tem contribuído para levar essa luta para além de seus territórios a voz e a luta indígena. “A gente não precisa sofrer e lutar o tempo todo. Com a nossa música, a gente consegue ter momentos de alegria e esperança, além de conquistar espaços. Para nós, é sempre assim: os espaços não são dados, são conquistados” ressaltou.

COP-30 em Belém (PA)

Outro tema que impacta diretamente a cidade de Belém e o Brasil foi assunto no debate Qual será o legado da COP Brasil?. Carolina Santos, articuladora nacional do Engajamundo, Jean Ferreira, idealizador da COP das Baixadas, e Scarlett Rodrigues, coordenadora de Projetos em Direitos Humanos do Instituto Ethos, abordaram como a realização da Conferência das Partes (COP) sobre o Clima no Brasil, que será realizada em 2025, pode ser uma oportunidade para obter avanços sobre os desafios enfrentados pelo Brasil e por Belém quanto à mudança do clima e da agenda socioambiental.

De acordo com Felipe Saboya, diretor-adjunto do Instituto Ethos, o retorno da Conferência Ethos 360 para Belém, que sediou o evento de 2017 a 2019, é de grande importância para o Instituto. “Em linha com a importância da cidade para o diálogo sobre as questões climáticas, o conteúdo do evento de hoje, que contou com cerca de 300 pessoas, foi de grande relevância. Pudemos reunir lideranças políticas, sociais e empresariais para dialogar em prol do Brasil. Vale destacar, também, a participação crescente das empresas do setor privado nesse debate, essencial para encaminhar soluções conjuntas”, finaliza.

Para Ana Lúcia de Melo Custódio, diretora-adjunta do Instituto Ethos, “o evento mostrou a importância de reunir representantes de empresas, de comunidades indígenas e tradicionais, da sociedade civil, da academia e do poder público para buscar, de forma colaborativa, soluções para questões urgentes, como a emergência climática e as abissais desigualdades do país. Impossível sair da conferência sem uma ideia, uma palavra de incentivo ou um novo ensinamento”.

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Por: Analítica Comunicação – Assessoria de Imprensa do Instituto Ethos

Foto: AB Produtora

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