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Indígenas venezuelanos no Brasil já somam mais de 7 mil pessoas

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estima que existam mais de 7 mil indígenas venezuelanos no território brasileiro, sendo que 819 já foram reconhecidos como refugiados pelo governo federal

03/05/2022

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Outros 3.763 (51%) aguardam a análise do seu pedido de reconhecimento da condição de refugiado, enquanto 2.430 (33%) possuem residência temporária no país.

Para reunir essas e outras informações, ACNUR lançou página especial sobre a resposta humanitária a essa população, com dados estatísticos, vídeos e publicações.

A série vídeos “Cultura Imaterial Warao” é um dos destaques da página. Divididos em cinco temas – mito, alimentos e cura, língua, dança e canto – os vídeo apresentam a diversidade cultural e os amplos conhecimentos imateriais dos Warao, que representam 70% dos indígenas da Venezuela em território brasileiro.

Desde 2014, um fluxo crescente de pessoas indígenas da Venezuela tem sido registrado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil. Atuando na proteção desta população, o ACNUR estima que existam mais de 7 mil indígenas venezuelanos no território brasileiro, sendo que 819 já foram reconhecidos como refugiados pelo governo federal. Outros 3.763 (51%) aguardam a análise do seu pedido de reconhecimento da condição de refugiado, enquanto 2.430 (33%) possuem residência temporária no país.

Crianças e adolescentes representam quase metade desta população, que é composta por diferentes grupos étnicos: Warao (70%), Pemón (24%), Eñepá (3%), Kariña (1%) e Wayúu (1%). A maioria da população indígena venezuelana se concentra nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, mas diversos grupos da etnia Warao continuam seu deslocamento para outras regiões do país.

Estas e outras informações sobre a resposta da Agência da ONU para Refugiados às necessidades humanitárias de pessoas indígenas da Venezuela no Brasil estão disponíveis na página especial do website do ACNUR Brasil lançada nesta terça-feira (19). A página reúne publicações produzidas pelo ACNUR e organizações parceiras sobre o tema, como também uma série de vídeos produzidos pela agência para aumentar a conscientização da sociedade sobre este tema, reduzindo a xenofobia e a discriminação.

Cultura imaterial Warao – Um dos destaques da página é uma série de vídeos chamada “Cultura Imaterial Warao”, divididos em cinco diferentes temas: mito, alimentos e cura, língua, dança e canto. Ao apresentar a diversidade cultural e os amplos conhecimentos imateriais dos Warao, os vídeos resgatam suas tradições para que suas origens e crenças sejam sempre lembradas e melhor entendidas, ampliando a compreensão sobre esta população. Os vídeos também integram a exposição virtual “Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo”, realizada pelo Museu da Pessoa e também disponível a partir de desta terça-feira no site do museu.

“O trabalho humanitário do ACNUR voltado para as populações indígenas requer uma imensa responsabilidade em adaptar serviços de acordo com suas crenças e tradições. Em apoio aos esforços governamentais e em parceria com outras agências da ONU, organizações da sociedade civil e setor privado, oferecemos soluções focadas nas necessidades específicas dessa população, assegurando seus direitos fundamentais e garantindo sua proteção como pessoas indígenas e refugiadas no território brasileiro”, afirma o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.

Entre os serviços ofertados pelo ACNUR à população indígena refugiada e migrante estão abrigos adaptados às necessidades culturais como cozinhas comunitárias, espaços para promoção cultural, entrega de kits de higiene e de limpeza, mobilização e advocacy com autoridades locais para capacitar equipes de atendimento, apoio no acesso à documentação, no desenvolvimento de artesanato a nível nacional, além de produção de materiais multilíngues com enfoque intercultural no atendimento das comunidades.

Por: ONU Brasil

Foto: Pexels

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