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O protagonismo das empresas frente a questão climática

Diálogo sobre meio ambiente abre o Conexões Ethos – Curitiba

30/05/2019

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O Conexões Ethos – Curitiba teve início com uma entrevista sobre A intensidade de carbono e a economia do Paraná e da região Sul – oportunidades para o protagonismo e adaptação climática, um tema para lá de pertinente na atual conjuntura brasileira.

Flavia Resende, coordenadora de Políticas Públicas e Práticas Empresariais do Instituto Ethos buscou entender junto à Natalie Unterstell, superintendente de inovação do Governo do Paraná, questões como o impacto da agenda climática em nossa economia. “O que acontece se não agirmos apropriadamente com relação a mudança do clima? Todos os cenários são de perda. O cálculo é de que, se até 2050 não fizermos nada perderemos até 2% do nosso PIB. Além de consequências como a perda de competitividade”, destacou Natalie.

O diálogo abordou também uma análise a partir da realidade paranaense. Quanto a questão energética, a entrevistada observou que “para o Paraná, se hoje há a vantagem de produzir a energia em volume enorme, significa que no futuro haverá a necessidade de dar conta do excesso de chuvas que vão vir”.

Importantes reflexões que sinalizam a fundamental atenção dos governos. “A gente ainda está vendo os governantes investindo dinheiro em lugar errado. E, cabe avaliar: como ser competitivo no Paraná do futuro? Precisamos de políticas públicas mais amplas para dar conta da situação que se configura”, avaliou a superintendente.

Durante a conversa, houve a apresentação de possíveis cenários a depender da atuação do homem quanto a mitigação de riscos. Foi possível perceber o quanto a agricultura e a produção de alimentos serão afetados. “Milho e café são exemplos de culturas que serão afetadas, já a cana de açúcar não perderá espaço num cenário de aumento da temperatura”, revelou Natalie. Uma análise importante a ser considerada com relação aos investimentos. Uma mudança na forma como operamos nossa economia. “Vejo que as cooperativas têm investido em fazer uma agricultura mais científica e isso é muito bom”, destacou.

No que se refere ao papel das empresas, a responsabilidade socioambiental pode ser observada sob vários aspectos. Compensação de carbono e reflorestamento, entre outros, são exemplos de como as empresas estão incorporando práticas em seu core business. Mas, a entrevistada chama atenção para o fato de que “vimos muitas empresas seguindo modelos, criando ‘receitas de bolo’, conquistando selos…, ações que não mudaram as coisas na prática”.

O painel tratou ainda, um dos recentes entraves na questão ambiental no Brasil, as alterações propostas na MP 867, que altera o Código Florestal. “Foram anos de muita briga, mas temos a sensação de que pacificamos essa questão e de que chegamos a uma proposta de como deve ser. Então quando vemos novas propostas querendo mudar isso, até o próprio setor agro se manifesta contrário, o que representa uma maturidade do nosso setor privado. Porque é muito complicado chegar alguém querendo jogar tudo que fizemos fora sem trazer algo novo. Causa instabilidade econômica, fazendo com que o investidor reflita e opte por investir em outros países”, destacou Natalie que conclui sua fala com um chamamento: “temos que pegar essa agenda nas mãos e levar a sério essa conversa”.

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

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