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Por que o governo federal minimiza a importância do uso de máscaras?

Mundialmente a medida é reconhecida como estratégia de prevenção da Covid-19

24/08/2020

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Até julho deste ano, o Brasil não contava com uma política nacional sobre o uso de máscaras. Mesmo após o estabelecimento de um decreto com essa medida, as ações de uso obrigatório não foram coordenadas e nem controladas pelo governo federal. O boletim 21, da Rede de Pesquisa Solidária nos ajuda a identificar o cenário aqui e em outros países.

A falta de fiscalização de programas e a massificação de ações, além da desinformação, rebaixaram a importância do uso de máscaras e reduziram a capacidade de proteção da população mais vulnerável.

O Brasil vai na contramão do que tem sido adotado por outros países. O uso de máscaras como barreira na propagação de gotículas respiratórias é procedimento comprovado de controle da pandemia e insistentemente recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Com essas características, as máscaras no Brasil, em contraste com a experiência de outros países, deixaram de ser eficazes, apesar de seu baixo custo”, destaca do documento.

Segundo o Institute of Health Metrics Evaluation da Universidade de Washington, o uso de máscaras por 95% da população brasileira evitaria 25 mil mortes no país, até 1º de dezembro. Aqui, até o final de abril, 13 estados haviam adotado alguma medida para obrigar o uso de máscaras em público. No final de maio, 24 estados haviam decidido pela obrigatoriedade de máscaras.

“A maior parte dos estados adotou medidas de incentivo ao uso de máscaras no mesmo momento em que flexibilizaram às medidas de fechamento de comércio, de serviços e de restrição às aglomerações”, afirma o boletim, chamando atenção de que nos Estados, a obrigatoriedade no uso de máscara foi usada como instrumento para viabilizar a flexibilização e não necessariamente como medida de proteção e mitigação da disseminação do coronavírus.

Acompanhe no quadro abaixo o período que os Estados brasileiros adotaram o uso obrigatório de máscaras:

  • Até final de abril: Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Santa Catarina (Santa Catarina adotou a obrigatoriedade do uso de máscaras apenas nos estabelecimentos privados e deixou o uso em aberto nos espaços públicos), Sergipe.
  • Até final de maio: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins.
  • Até final de junho: Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul.

Vale destacar que, somente a partir de 18 de agosto, tornou-se legalmente obrigatório o uso de máscaras em “estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas” em todo o território nacional, passados mais de cinco meses da primeira morte registrada pela Covid-19.

Acesse mais tabelas e informações sobre a adoção do uso de máscaras nos estados em: redepesquisasolidaria.org

Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Pexels

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