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Representatividade importa!

Painel da Conferência Ethos em SP observou a diversidade no entretenimento infanto-juvenil

14/11/2018

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Quanto a representatividade interfere no imaginário das pessoas? De que forma uma criança que nunca vê empresários ou mesmo proprietários e CEO’s negros nas produções irá acreditar que poderá romper a barreira da invisibilidade? Ou ainda, quanto tempo foi necessário para termos uma princesa negra, que viabilizasse sonhos de meninas ao redor do mundo?

Foi para dialogar sobre “A inclusão e a diversidade retratadas no entretenimento infanto-juvenil”, painel realizado durante a Conferência Ethos 20 anos em São Paulo, que os palestrantes: Claudia Neufeld, diretora de marketing na The Walt Disney Company Brazil; Fernanda Cintra, diretora-executiva do Anima Mundi; Larissa Purvinni, relações institucionais da Mauricio de Sousa Produções e Miriam Pragita, diretora-executiva da ANDI, se reuniram para observar o atual cenários de produções que buscam dar visibilidade aos grupos, até então, excluídos do cenário do entretenimento.

A diretora de marketing na Disney falou sobre “o poder das histórias” na construção do indivíduo. “O jovem precisa se ver nas histórias, se identificar nelas. Isso porque a influência através das telas é fortíssima. Então, nós temos a responsabilidade de colocar conteúdos positivos e adequados que aumentem as possibilidades de identificação de jovens”, destacou Neufeld.

Ao observar sobre o quanto as crianças são impactadas pelo que consomem através das telas, Pragita trouxe os dados de que “crianças brasileiras ficam frente às telas em média 5 horas e 35 minutos por dia”. E, levantou a questão referente a qualidade de conteúdo e valores que estão sendo disseminados. “Pessoas mais gordas são colocadas em posições de piada, não sendo retratadas como princesas. Pessoas LGBT, quilombolas e negros – que por sua vez são maioria no Brasil -, entre outros, precisam ser representados neste universo. Há uma diversidade brasileira muito grande que não pode ser deixada de fora das produções”, avaliou a diretora-executiva da ANDI.

Como exemplo do que pode ser feito nesse sentido, Purvinni trouxe as experiências que estão sendo aplicadas na Mauricio de Sousa Produções. “Existe a preocupação em retratar a realidade, por isso temos personagens cegos, autistas, cadeirantes e negros como protagonistas, como é o caso da Milena”, destacou a relações institucionais.

Outra experiência compartilhada foi com relação ao Festival Anima Mundi. “A diversidade sempre existiu pelo próprio formato do festival. Para tanto, contamos com um time diverso, de forma a ter capacidade de trazer a diversidade para o festival. Fazemos uma curadoria com os olhos voltados para a inclusão e, dessa forma, é possível criar coisas sem limites”, pontuou Fernanda Cintra.

Por fim, a diretora da Disney lembrou que o conteúdo representativo e positivo é um dos pilares da empresa. “Trazer a realidade, como: pais separados e pessoas com deficiência, por exemplo, são uma forma de incluir, mas nos preocupamos em não estereotipar para que as crianças com estas características se reconheçam e não virem alvo de bullying “, concluiu.

Por: André Luiz Tuon, para Conferência Ethos

Foto: Clovis Fabiano

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